1913, o sucesso do automóvel começa aqui
Se há marcos importantes na história de transformar o automóvel no
principal ícone da história do Século 20, um deles é o desenvolvimento do
conceito da linha de produção. O processo supera dividir o processo em estações
de trabalho, com operários, maquinário e as peças dispostos ao lado de um
caminho onde as partes são agregadas e se transformam em veículos.
Antes, com esforços, movimento e tempos desperdiçados, com trabalhadores
andando para buscar peças e fixá-las, um Ford levava 12 horas para ficar
pronto. Com o novo conceito, inspirado na sequencia de atividades de um
matadouro bovino para separar carnes e ossos, o tempo reduziu-se – inicialmente
a 90 minutos. Ao final da produção do Modelo T, com uma fábrica central e
montadoras pelo mundo, reduziu o tempo a 24 segundos !
Mais
O ganho de produtividade permitiu a Henry Ford, capitão da implantação
dos procedimentos, aumentar o salário dos funcionários, reduzir o preço do
Modelo T, de 800 para 295 dólares, e deflagrar os conceitos de qualidade das peças,
tempo, produtividade, logística, liderar a produção, expandir-se mundialmente.
Uma curiosa consequência de varejo, para aprimoramento de qualidade, a Ford
treinou seus operários para usar paquímetros – uma espécie de régua enfeitada e
de grande precisão, capaz de aferir medidas de peças. E passou a produzi-los
vendendo-os preços baixos para melhorar a qualidade dos serviços de manutenção.
Parece conceito antigo, mas hoje a Ford se volta a ele e à
produtividade. Unifica, em todo o mundo, produtos e processos. Muito reduziu a
variedade de plataformas, hoje 15 para todos os seus veículos em todo o mundo.
Até 2017 quer apenas 9 e nisto pretende ganhar 30% em produtividade.
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1913. Linha de montagem do Ford Modelo t
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Novo
Troller muda tudo: processo, carroceria, motor, mercado ....
“-
Vamos dar um salto: teremos as melhores carrocerias em fibra do mundo.”
A frase, de
entusiasmado executivo da Ford, refere-se aos trabalhos com o jipe Troller,
marca assumida há cinco anos, para mudar de regime de incentivos, deixando
endereço na Bahia, onde tem sua maior fábrica, para o Ceará, terra do Troller.
Pensava-se, a produção se extinguiria a produção junto com o encerrar dos
atrativos pró industrialização. Mas os planos em andamento, com mudança de nova
fase e produto a ocorrer em janeiro de 2014, exibem mudança de planejamento.
A Ford resolveu
bancar a exceção mundial: ampliou a fábrica; mudará o fazer adotando a injeção
de fibra de vidro – aplicado na moldagem da carroceria do Chevrolet Corvette -;
ampliará a capacidade industrial de 140 para 500 unidades/mês. O produto muda.
A Ford pediu a João Marcos Ramos, seu designer
chefe, estudo conceitual para medir interesse no Salão do Automóvel 2012. As
respostas foram positivas e o jipe-conceito sofreu poucas mudanças para ir à
produção, incluindo a curiosidade de criar espécie de DNA visual, ponte entre o
produto herdado e o novo de sua criação. Mantém-se a grade com barramento
horizontal e, em evidência, o emblema frontal.
Mecânica muda tudo.
Abandona o chassi original e o motor diesel MWM, adotando a estrutura mecânica
do picape Ranger, reduzindo a distância entre eixos, motor diesel 3.2 litros,
20 válvulas, 5 cilindros, 200 cv e aproximados 45 kgmf de torque, caixa de
transmissão Aisin. Para compatibilizar a usina de força com o pequeno peso do
Troller, destacou um de seus engenheiros com maior conhecimento e
sensibilidade, Jorge Abdalla, acertador do Focus geração 2, para deixá-lo ágil
sem beirar o perigo.
A mudança do
processo industrial melhora excepcionalmente a qualidade das partes em fibra de
vidro, padroniza-as em medidas e peso, acabando com as variáveis comuns ao
processo semi artesanal da fibra de vidro com mantas e aplicação de gel. O uso
da mecânica Ranger abre o leque comercial, permitindo exportar o veículo para a
América Latina, mercado inicial do picape feito na Argentina, pois de fácil
manutenção pelo existir revendedores, peças e mão de obra.
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Conceito, Troller TRX foi refeito e será produzido em 2014.
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Roda-a-Roda
Melou – Juiz da Suprema Corte de Nova Yorque
condenou o contrato de exclusividade com a Nissan para o fornecimento de carros
elétricos pelos próximos 10 anos, revogando postura municipal que determinava
que a renovação da frota deveria ser feita exclusivamente por Nissans NV200.
Efeito – O negócio tinha
dois focos: para a Nissan lucro e divulgação institucional como exemplo para
outras cidades. Para NY, boa imagem às pretensões políticas de seu prefeito
Michael Bloomberg. Não é elétrico ou híbrido e custa quase US$ 30 mil, uns R$
66 mil.
Periférico – Revendedores GM já
vendem o Tracker, pequeno utilitário esportivo da GM do México. Dizem
concorrente do líder do segmento, o Ford EcoSport. Não é com menor espaço
interno, menor porta malas, preço maior. Modelo anterior, argentino, motor 2.0,
tração nas 4 rodas, custava R$ 60 mil.
Para
Trás - Não há competição entre os motores, 1.6 Sigma para o Eco e 1.8 para o
Tracker. O do Ford é moderníssimo, todo em alumínio, e o GM tem base na geração
do Monza 2, circa 1982, com bloco em
ferro.
Transmissões
-
Iguais em números, diferem em formulação. Automática de 6 velocidades no GM e
mesma quantidade no Ford, de sistema mecânico, duas embreagens. Consome menos
energia, gasta menos. Tracker sai de R$ 72.000.
Negócio – A fim de um bom automóvel por preço idem? Últimas
unidades do modelo atual do Renault Logan. Terá pequeno retoque estético.
Descobertura – Agrale de tratores
sem revendedor em Brasília, praça importante por insuspeitada atividade
agrícola e óbvio relevo institucional como Capital Federal. Interessado em
comprar trator ou peças deve ir a Goiânia, Go.
Pedágio – Uma das empresas
concessionárias de estradas paulistas, a OHL não cumpriu ¾ dos investimentos
contratuais, fez enorme distribuição de lucros, e foi-se. A ANTT, agência de
transportes terrestres considerou-a adimplente, permitindo a distribuição de
lucros.
E ? – Descumprimento tem
punição interessante – redução de dois centavos num dos pedágios mais caros do
país.
Caminho – Petrobrás faz 60
anos; não explicou a mágica besta de receber aplicações do Fundo de Garantia
aos que nela acreditaram, comprando ações caras que viraram mico; recebe nota
desclassificatória em avaliação mundial, mas gasta fortuna em publicidade,
enfatizando a coragem histórica de sua fundação. Sobre as gestões catastróficas
que a desmoralizam aqui e fora, nada.
Praticidade – Tintas Wanda,
agora multi AkzoNobel, criou linha prática para reparadores. Em vez das tintas
preparadas por máquinas misturadoras, voltou a oferece-las prontas. Poucas
opções. Além da praticidade da compra, permite diluição com até 30% de thinner PU, diz Sandro Lemos, executivo
da empresa.
Foco – São as quatro cores
mais populares no mercado: Brancos Geada, Banchisa e 9004 e Preto Cadillac.
Coisa rápida para aplicação rápida e serviço rápido para demandas de pouca
exigência.
Nicho – Para preencher o
espaço nas cilindradas entre 400 e 600 cm3, Honda fará em Manaus a série CB500,
em três versões: F, naked – pelada; R, esportiva; e X, tipo On/Off Road. Quer vender 20 mil
unidades em 2014.
E, ... – Dois cilindros,
471 cm3 de deslocamento, 50 cv, seis marchas, ABS nos freios a disco. É a linha
divisória entre as motos de meninos e as de homem. F neste mês, R em
novembro, X, abril. F a R$ 22.000. ABS mais R$ 1.500.
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Honda CB 500
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Goiânia – Único autódromo
goiano ganhou projeto da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA:
refazimento da pista em asfalto adequado, nova torre de controle,
estacionamentos, 22 novos boxes. Previsão, R$ 27,3 milhões pelo governo do
estado. Decisão soterra proposta de transformá-lo em condomínio residencial,
desejo de alguns iluminados espíritos públicos.
Coerente – Asfalto antigo –
recapagem feita sem técnica há alguns anos e que durou meses – será removido no
bom circuito de 3.820 m. Há pressa eleitoral e querem reinaugurá-lo em abril de
2014 – e aproveitar a confusão em torno do Autódromo de Brasília, absorvendo as
provas.
Mão de
obra – A fim de melhorar sua condução,
esportiva ou como motorista superior ? A Mitsubishi Racing Experience
oferece curso de pilotagem intensiva em Lancer Evo R, coordenado pelo multi
campeão Ingo Hoffman, no circuito privado Velo Citá, em Mogi das Cruzes, SP.
Aprovados podem requerer carteira de piloto – ou apenas dirigir bem. Mais ? racingschool@mmcb.com.br
Data – Dia 4,
43º. aniversário da primeira vitória de
Emerson Fittipaldi na Fórmula 1. Referencial, deu o campeonato póstumo a Jochen
Rindt, seu companheiro na equipe Lotus. Mais, arrombou a porta da categoria,
com 8 campeonatos mundiais por brasileiros: 2 Emerson; 3 Piquet e 3 Ayrton.
Resgate –
Comemorando 40 anos do “Raid de
Integração Nacional”, périplo ligando todas as capitais com três automóveis
– Corcel, Belina e Maverick – o Museu de Caçapava, inicia o projeto de
restaurar este último, hoje em seu acervo. Quase novo quando doado ao Museu
Roberto Lee, foi vilipendiado e teve peças e acabamentos removidos, ficando em
petição de miséria.
Começo – Foi pelo
furto que o Museu Nacional do Automóvel denunciou o fato ao Delegado de Polícia
de Caçapava e requereu auditoria de conteúdo à Secretaria de Cultura do Estado
de São Paulo. Não efetivada porque a herdeira do Museu resolveu sua
responsabilidade doando o resíduo do acervo, tombado pela Secretaria, à
Prefeitura de Caçapava.
Projeto – Quer ajudar doando peças, partes ou serviços
para recuperar o Maverick 6 cilindros ? Fale com o Marcelo Belatto, à
frente do Museu: www.museurobertolee.com.br.
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Restante do Maverick. Peças surrupiadas dentro do Museu.
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Antes do Amarok, o Trakkbayan
Quem acha que a experiência da Volkswagen no fazer picapes com motor
dianteiro, suspensão traseira com eixo rígido e feixes de molas na longitudinal
começou com o bem sucedido Amarok, não olhou a história. Há quatro décadas a
empresa desenvolveu um conceito o VW Transporter, o Typ, tipo, 200.
Tinha esta morfologia e era carro para trabalho duro em mercados com
pouca tecnologia. Assim, chassis em aço, longarinas e travessas, suspensão
traseira para trabalho, dianteira por triângulos e barras longitudinais de
torção. Motor dianteiro, 1.500 cm3, boxer, transmissão frontal.
A carroceria não era estampada, mas em chapa dobrada por simplórias máquinas,
emendadas por solda elétrica. Em resumo, fácil de fazer.
Construiu quatro protótipos, testou-os mundo afora. Pelo Brasil dois,
enfrentando os desafios da época, a Belém-Brasília sem pavimentação e a
Transamazônica em abertura. Restaram duas unidades. Uma, em restrito museu da
Volkswagen em Wolsburg, Alemanha. Outra, no Museu Nacional do Automóvel,
Brasília.
Melhorados, foram à produção. Nas Filipinas, foi chamado Trakkbayan, mais ou menos Carro do Campo, e produção local pelo
representante DMG.
Foi base para a única evolução, o Hormiga,
imagem de trabalhador incansável, construído pela VW de México, bem melhorado,
cabine avançada, motor sob o banco dianteiro. Tanto nas Filipinas como no
México tiveram produção restrita.
Visto o Amarok, definitivamente o passar do tempo muito melhorou o
conceito.
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Produto final, o Typ, nas Filipinas Trakkbayan
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Chassi, motora ar, tração á frete como um Tempo Matador
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