A Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, e a companhia de mecatrônica sueca SKF iniciaram o desenvolvimento e patentearam um inédito sistema de suspensão que, se funcionar dos pontos de vista técnico e comercial, poderá substituir dentro de anos (décadas) tudo que se tem como ‘estado da arte’ neste campo.
Do tamanho de um amortecedor convencional, o sistema proposto consiste de uma mola passiva, um atuador eletromagnético, baterias e uma unidade de controle. A mola, é claro, tem ação de molejo, enquanto os magnetos amortecem os choques – e se a bateria pifar, o sistema continuará trabalhando como uma simples suspensão mecânica. Além de eletromagnética, ela é também ativa: não apenas responde mecanicamente às imperfeições do piso, mas é também controlada por um computador de bordo, que recebe dados de acelerômetros e outros sensores distribuídos pelo veículo, em frações de segundo
Em laboratório, a melhora declarada de 60% foi obtida quase um ano atrás em uma roda singela equipada com o sistema passando por um ‘piso’ simulando condições típicas de uso em via normal. No mês passado um carro popular dotado do sistema em duas de suas rodas foi testado em condições normais, cada uma das rodas trabalhando independentemente. Atualmente, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de sistemas que permitem intercomunicação entre os diversos sistemas de suspensão nas quatro rodas, para passarem a coordenar as ações de cada um dentro de um sistema.
Suspensões ativas não são novidade, mas são geralmente hidráulicas, cuja resposta nunca é muito rápida. Com consumo máximo de 500 watts, a suspensão eletromagnética consome um quarto da energia de um sistema hidráulico – e ainda por cima alonga a vida da bateria usando as vibrações da estrada para gerar eletricidade, característica ideal para qualquer veículo elétrico. Seus proponentes acreditam que com desenvolvimento, este coeficiente energético ainda pode ser muito melhorado.
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