quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SE CARRO POR AÍ COM O NASSER


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Coluna4311 27.out.2011



Novidades e dúvidas do transporte rodoviário em 2012

A Feira Nacional do Transporte, FENATRAN, realizada esta semana no Anhembi, São Paulo, focou novidades sobre mudanças tecnológicas nos motores, retoques cosméticos marcando modelia, anúncio de novas marcas, produtos. Mola de propulsão, norma do Conama, conselho de meio ambiente e seu Proconve 7, no padrão europeu Euro 5 de controle de emissões poluentes.

O Brasil grande, atrapalhado, cheio de órgãos, funcionários, gente não-concursada, gastos demais e ampla corrupção na área oficial dos transportes, é bom em discurso, péssimo no operar. Assim, carga não viaja de trem ou barco, mas em chassi de caminhão. A expansão econômica e da fronteira agrícola, a distância continental entre produção e portos, as estradas ruins, punindo com baixa média horária ou quebra, exigem frota grande. Ocidentalmente o maior mercado mundial, sede da maior variedade de marcas, com projetos industriais para médio e largo prazos, americanos e chineses abrindo operações, tem complicação buzinando na porta.

Novidades

Iniciando pela líder MAN, dona da Volkswagen Caminhões, ampliará área, atuação, terá produtos MAN para PBT até 74 t, fará motores no país. Toma o caminho EGR da recirculação de gases de escapamento, dispensando o uso do aditivo Arla 32.


Idem, a International retorna – é a terceira vez – ao mercado nacional. Atualizou o modelo cara chata 9800, agregando um “i”, adequações para o Brasil – o caminhão é feito aqui, vendeu localmente, parou, dedicou-se ás exportações, e agora volta ao mercado interno. Caixa sincronizada – a anterior, dita seca, exigia bons operadores, produto restrito. Exibiu conceito AeroStar, desenvolvido no Brasil e o DuraStar, motor frontal e cara dos EUA.

Estreantes, a chinesa Shacman se declara atualizada, com motores Cummins, 385 a 420 cv de potência e uso de Arla, e a Foton apresentou os leves Aumak para 9 t, e tração por motor Cummins ISF 3.8s 5089, injeção eletrônica de alta pressão Common Rail, torque máximo de 610 N·m (62,2 m·kgf)  e 170 cv a 2.600 rpm.

Outra aderente, a DAF Trucks, marca holandesa hoje controlada pela americana Paccar, confirmou fábrica de última geração em Ponta Grossa, PR, e mostrou os caminhões que produzirá. Ativa, em ascensão, a Iveco desenvolve duas tecnologias para tratamento de gases, o EGR, de recirculação dos gases, junto com filtro de material particulado e a redução catalítica seletiva (SCR).

A sueca Volvo aposta em sua linha pesada, com motores de 6 cilindros em linha na 3ª. geração da série VM de pesados e extra-pesados, e potências de 220 cv a 500 cv.

Mercedes-Benz, ex-líder, em ato de coragem, mudou toda a linha, incluindo Sprinter, investindo R$ 1,5B, praticando a tecnologia Blue Efficiency de menores consumo e emissões, e com novidade gerencial na transformação da fábrica de automóveis em Juiz de Fora em unidade de produção de caminhões: o poderoso topo de linha Actros, o caminhão-do-patrão e a linha Accelo.

Concorrente antiga, a Scania declarou-se apta a atender às exigências legais com reacerto geral de seus motores V-8 e lançamento de novos L-6, além de manter o pioneirismo na pesquisa do uso de etanol nos motores diesel, em provas na frota de ônibus urbanos em SP.

Novidades não restritas aos lançamentos, mas à tecnologia. Em comunicações, a Onixsat, exibiu o IsatData Pro, tecnologia satelital para comunicação livre em mercados nacional e internacional com mensagens de texto a baixo custo, e a SSAB, produtora de aços, exibiu os benefícios do Domex, de alta resistência, especial para a indústria do transporte ao reduzir peso do equipamento, aumentando o de carga útil.

Confusão

Simples entender a complicação sinalizada. O Brasil, atrasado por omissão do governo e da Petrobrás, finalmente chega ao diesel menos poluente, exigindo alteração nos motores com este ciclo, e logística para atender às exigências de emissões. Na maioria dos casos as fábricas optaram por utilizar o Arla 32, composto químico á base de uréia que, injetado pós-combustão no catalisador, reduz os poluentes. O encontro do novo diesel com o Arla é trombada logística.

O combustível não poluente exige novos e exclusivos tanques nos postos. E o Arla tem problemas de distribuição, chegando ao ponto de fabricantes se disponibilizar para acondicioná-los e vende-los em suas lojas. Também não há previsão do custo do diesel menos poluente ou do aditivo. Na prática, a dúvida que não pode existir: haverá o novo diesel e/ou o Arla nos postos de combustível nas estradas?

Outra verdade emerge neste processo, demorado por inexplicados interesses – ou desinteresse - da Petrobrás: os caminhões terão preço majorado, seja em chassi seja por equipamentos.

Daí

Amostra do antagonismo adotado pelos transportadores estava na estrutura montada pela Volvo: 30 escritórios de vendas. A situação é, ou correr para comprar as últimas unidades construídas dentro da legislação atual, ou pular 2012, deixando aquisições para 2013, quando o cenário da operação logística estiver mais claro. O limite para os atuais caminhões é de construção até 31 de dezembro, e vendas 31 de março. Ou, projetadamente, os 2011 serão vendidos em tabela cheia – e algum sobrepreço – e os modelos 2012 terão que ser promovidos com descontos. Em resumo, 2012 não será bom ano na produção e vendas de caminhões.



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Internattional volta com o 9800i, caixa manual, feito em Caxias do Sul


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Roda-a-Roda
Rolls-Royce volta ao país
Terceira vinda ao país, primeira como marca, terá escritório para atender aos representantes nomeados no Brasil e Chile, e prospectar negócios na América Latina exceto México. Razão social própria, nos escritórios paulistanos da BMW, controladora da marca inglesa.
Francisco Longo, bem-sucedido representante de Ferraris, Maseratis e Lamborqhinis, nomeado, terá loja na Avenida Europa, São Paulo, chique em marcas Premium, a partir de março, e palpite de vender entre 10 e 15 veículos/ano – mercado de luxo no Brasil é uma incógnita. No Chile, Williamson Balfour Motors, do Grupo Inchcape, de Peter Aberle, será o representante.
A vinda ao Brasil baseia-se na expansão de negócios; performance local da matriz BMW; de ser o BRIC de melhores lucros; e da marca liderar globalmente o mercado Premium - 45% contra 18% dos Ferrari. Aqui, em 2011, o mercado Premium vendeu 18 Aston Martin, 15 Ferrari, e 5 Bentley, Válida a relação, o Brasil consumiria 37 Rolls/ano.
Aqui esteve até o meio da década de 50 com a Cia. Comercial de Veículos e Motores, representando a renca de marcas inglesas então existentes, no Rio de Janeiro, capital federal. Foi quem trouxe o raro Silver Wraith Formal Cabriolet para a Presidência da República. O nacionalizar da indústria automobilística vedou importações, o negócio mirrou.
Em 1993 voltou pela Via Reggio, do grupo Regino, vendendo 9 unidades até 1998. Á data Pacifico Paoli, ex-presidente da Fiat, teve interesse fugaz, desistiu, e a RR ficou sem representação local. Depois, em crise, foi cindida e a marca Rolls-Royce foi assumida pela BMW, revendo fábrica, projeto, construção, modelos e, até, o motor, agora BMW V-12, com dois turbos. Outro modelo, o Bentley, virou Volkswagen.
Em março, projeta a Via Itália, os Rolls by BMW custarão: Ghost, R$ 1M; e Phantom R$ 1,5M.
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Os Rolls de volta, representados pela marca

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Regra – O Supremo Tribunal Federal botou ordem no aumento do IPI: disse à alopração executiva que a Constituição é para ser cumprida. Assim, vigor em 16 de dezembro, 90 dias após a publicação da contestada regra.
Prática – Maioria das importadoras refreou o repasse do aumento no preço, instigando decisões de compra. E quem cobrou a mais ou terá a dignidade comercial de devolver, ou poderá ser cobrado pelos compradores.
Política – Como o PT gere a maioria congressual, tem arroubos de absolutismo cometendo impropriedades como esta. Curioso observar, foi o DEM, partido minguante, autor da ação. Mais ainda, não ter divulgado a iniciativa.
Mercado – A fim de importado? Analise marca, preço e, acima de tudo, verdade nos anúncios, responsabilidade assistencial, frequência de reclamações no Procon. Decida-se e corra. Os importadores vão para o sacrifício, cortarão margens de lucro, empregos, mídia, mas ainda assim os preços subirão.
Caminho – Sueca; depois meia-GM; depois 100% GM; após capital russo com controle holandês; em seguida sociedade com chineses; finalmente chinesa. É a saga da Saab.
Alfa – Francisco Longo, importador de Ferrari, Maserati, Lamborghini, e agora Rolls-Royce, disse à De Carro por Aí, não representará Alfa Romeo, como dito pela imprensa. Há dois grupos interessados, mas na Fiat o tema não é agenda.
Acerto – O pequeno picape chinês Chana mudou de nome. Agora é Changan, denominação de sua fábrica. Razões óbvias, as brincadeiras associando-o ao apelido carinhoso e intimista ao tratado nos dicionários como vagina.
Diferença – Duas fabricantes em comemoração. A Fiat, ano inteiro com ações e anúncios enfatizando seus 35 anos de Brasil, encerrando com festa, exposição de arte e show popular com o tenor italiano Andrea Bocelli. A Chevrolet, um século de fundação, comemorações públicas desconhecidas.
Esclarecimento - Chevrolet não é sobrenome de suíço ou francês fabricante de gravatas borboletas que há 100 anos decidiu produzir automóveis.
Situação – Com presença de Thierry Peugeot, bisneto do fundador e presidente do Conselho diretor, em audiência longa e de amenidades concedida pela presidente Dilma na tarde de defenestração de Orlando Silva do Ministério dos Esportes, a PSA, holding Peugeot e Citroën, anunciou investimentos.
Na prática – Investirá R$ 3,7B entre 2010 e 2015, dobrando capacidade de produção a 300 mil veículos e 400 mil motores em 2015; funcionários, a 1.700; aumentará em 50% o número de revendas, indo a 480, e fomentará o implantar fábricas de autopeças em seu entorno.
Mercado – A holding viu cair seus resultados europeus e adota o jogo duro da sobrevivência: dispensa de 6.000 funcionários, enxugamento de gastos internos, renegociação de preços com fornecedores. A América do Sul é mercado promissor e o movimento gerará 8 produtos novos em 2 anos.
Lembrança – A pesquisa Top of Mind, tocada pela Folha de S Paulo há 21 anos sobre as marcas mais lembradas, em automóveis indicou a Volkswagen. Em pneus, a Pirelli; combustíveis, Petrobrás.
Gente – Tânia Silvestri, executiva, reconhecimento. OOOO Diretora de vendas de caminhões, lugar que fala grosso na Mercedes. OOOO É vitória para mulher vinda de fábrica de fogões, com direito às piadinhas machistas, surpreendendo pelo conhecimento dos produtos e jeito para conduzir negócios. OOOO João Veloso, jornalista, progressão. OOOO Deixa a assessoria de imprensa da Fiat América Latina e México, assume a condução setorial Chrysler. OOOO Coordenará divulgação Chrysler Brasil e América Latina. OOOO Para quem quer ler o futuro e se poupar de elocubrações criativas, a função inclui, desde agora, a Alfa Romeo para a AL. OOOO Tatiana Carvalho, jornalista, desceu. OOOO Do 1º. andar, na assessoria de imprensa da FPT, para o térreo, mesma área, na Fiat, Betim. Resolve. OOOO Ventos alemães dizem soprarão mudanças para o ex-chanceler austríaco Viktor Klima, presidente da VW América do Sul, baseado na Argentina. OOOO Ou iria curtir seus jovens herdeiros, ou assumir funções no novo governo Cristina Kirschner, de quem é informal consultor. OOOO Havendo mudança a VW do Brasil volta a ser no. 1 no continente. Hoje o avestruz se reporta ao ovo de codorna. OOOO

 

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