quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER

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Coluna4111 13.out.2011



Bugatti T57 ganha Autoclásica, maior dos encontros de antigos na AL

14 hectares – 140.000 m2; 920 expositores; Chevrolet, Mercedes, Chrysler, Citroën presentes como fabricantes costurando história e apresentação de produtos; homenagens aos 125 anos da Mercedes-Benz; 100 anos de Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial; centenário da Chevrolet; 50 Anos do Jaguar E; 40 do Lancia Stratos; motos em grande quantidade; cupês da categoria TC, exclusiva e mola do automobilismo argentino; veículos militares, ônibus, estandes de clubes.

Tudo na 11ª. Edição da Autoclásica, realizada no Hipódromo de San Izidro, beiradas de Buenos Aires, no final de semana de 8 a 10.

Chuva que ia e voltava, ilhava por lama na formidável terra negra as barracas da rica feira de peças, e fez adiar a rica premiação para o feriado sul-americano do dia 12, respeitado na 2ª. feira. Especial, cinco veículos representavam o Brasil, e uma brasileirada na nossa mescla típica. Do jornalista que encontrou exemplar do Asa 1000, bastarda ferrarinha; outro era íntimo do engenheiro Pedro Campo, construtor do ótimo Eniac Antique – todos desconhecidos de muitos –, a negociantes de peças fazendo comércio mercosulino, gente irritada por não achar partes de Karmann-Ghia, TL e Opala, peculiares nacionais, inexistentes na Argentina ... os que veem o carro antigo como meio de transporte e não como passaporte cultural. E gente feliz por achar peças NOS* de MG TC 1948 em embalagens originais da época, a preço razoável, e completar coleção de Autos de Época, lá editada e aqui desconhecida.


Houve reclamações pela falta de impacto na mescla exposta, porém Marcela Rossi, assessora de imprensa do evento, explicava pela alternância de veículos, pois os participantes de edições anteriores não estavam.

Talvez a monumentalidade da área, a quantidade de metros quadrados por segmento de veículos, por marca, tipo, morfologia, aplicativo, produzisse a idéia de baixa presença. Mas 920 veículos de qualidade invejável, antigos com propriedades e heráldica, é massa pouco vista. Dos referenciais Bugatti - no Brasil, duas - havia uma dúzia, incluindo o Best of Show tipo T57, de 1935, carroceria especial, da família Sielecki, únicos sul-americanos a participar – e vencer o referencial Concours d’Elegance em Pebble Beach. E três Lancia Stratos – nenhum no Brasil; Cisitalia; Bentleys; Jaguar; Maseratis; Ferraris; Lamborghinis; Alfas, e réplicas irritantes em perfeição – agora uma atividade industrial; os carros vencedores de Fangio; os colectivos de Buenos Aires – para os com mais de 60, os lotações do Rio de Janeiro; e uma secular locomotiva colocada sobre rodízios para funcionar girando as rodas, expelindo vapor, sem se mexer.

Enfim, não compare para não pagar mico ou assinar com o polegar. É o melhor programa da América Latina em automóveis antigos.

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Bugatti T57, exemplar único, Best of Show
                  


LaSalle 1939 do carioca José Cândido Muricy (foi rodando!), Mejor Auto Brasileño - foto JR Mahar



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Novela do IPI flex

Em nome de garantir empregos e desenvolver tecnologia, o governo aumentou o IPI dos carros importados. Regra sinuosa para evitar sobretaxar produtos de algumas fabricantes, na prática suprimiu ao consumidor escolher produtos atualizados e equipados em lugar dos nacionais, alguns superados, outros desequipados, e outros mais, ambos. Última semana os preços de lançamento do New Fiesta Hatch e do Renault Duster incorporaram parcela desta proteção, resultando mais caros que seu conteúdo. A salvo da comparação com os concorrentes, os preços dos nacionais aceleraram, e acelerarão livres.

Direção imprecisa ficou evidente com o protesto do Uruguai, de produtos barrados por não atingir os 65% de conteúdo regional. Abriu-se a exceção. Agora, outro remendo à vista, em razão do interesse da implantação de novas fábricas, uma tabela de prazo x índice de nacionalização x redução da superalíquota. Coisa óbvia pois, ao contrário do pensar oficial, as peças para fazer os novos produtos não estão em produção ou em prateleira no Brasil. Não existem e necessitam ser desenvolvidas pela indústria de autopeças, processo que toma tempo, dinheiro, encostando a norma oficial do turbinamento do IPI e do índice de peças locais na parede: ou cede, ou não terá novas fábricas.

Descobrirão o que nós, pagadores de tantos elevados impostos, pensávamos de conhecimento destas autoridades: que por falta de projeto ou inclusão da indústria de veículos no processo de crescimento do país, nossos carros são, em boa parte, construídos com peças importadas. E que isto provocou marcha à ré em nosso processo econômico. Hoje, como há 55 anos, antes do governo JK que botou nacionalidade no processo, o Brasil exporta ferro em minério para importar aço, soja em grão, muitos insumos, poucos manufaturados. Pelo Custo Brasil e outras mazelas cuidadosamente preservadas, hoje é mais barato importar o aço coreano, feito com minério exportado pela Vale, que comprá-lo aqui.

Se isto não mudar, não há balança comercial que resista, nem índice de nacionalização a ser cumprido, nem carro a preço real.

Quem vem

Tabelinha de investimentos para garantir mercado

Marca Valor R$ Local Origem Produto Início

Renault 1,5B SJ Pinhais, Pr França

Nissan 2,6B Rezende, RJ Japão March

JAC 900M Camaçari, BA (?) China J3, Turin

Suzuki 100M Itumbiara, GO Japão Jimny out 2012

Chery 700M Jacareí, SP China Fullwin jun 2013

A Tricos, importadora da coreana SsanYong, chinesas Changan e Haima avisa negociar operação industrial com a prefeitura de Linhares e governo do Espírito Santo. Diz, investirá R$ 300M; montar 10 mil unidades/ano; e informa, negócio não está fechado; aberta a propostas. Nada sobre marca ou produto.

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8 marchas para acelerar o Amarok

Para fazer picapes grandes a Volkswagen decidiu-se pelas argentinas ociosidade da fábrica e flexibilidade do governo, e desenvolveu o Amarok. Clientes Brasil, America Latina, Europa e mundo.

Aqui, apesar da novidade como o ABS para pisos irregulares, não decolou. Nosso mercado é de incoerentes preferências no segmento de topo, das versões cheias de luxos e confortos, exige transmissão automática – não disponível no Amarok. Daí, vender apenas nas faixas inferiores.

Jutta Dierks, vice presidente de Marketing e Vendas da VW do Brasil disse à De Carro por Aí, isto mudará no segundo trimestre de 2012 ao chegar a opção automática, com 8 velocidades para atender ao maior mercado da América Latina, à clientela australiana, e vender para exceções na Europa.

Fornecedora, a ZF testa primeira marcha mais longa e seguintes com pequena diferença aritmética na relação, para rodar confortável, baixa rumorosidade, menor consumo e emissões, porém de preocupante maior velocidade final. O casamento entre atualizados motor e transmissão e o secular eixo traseiro é perigo.

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Roda-a-Roda

Referência – Á venda o Audi Sportback em versão implementada RS: motor 2.0 cinco cilindros, injeção direta, turbo e marcante potência específica: 340 cv. Transmissão dupla embreagem, 7 marchas, 0 a 100 km/h em 4,6 s. R$ 298 mil.

Virá? – A BMW reuniu-se com o Ministério do Desenvolvimento para ajustar proposta de interesse de ter fábrica no Brasil. Do flexibilizar índices de nacionalização a marca definirá vinda e produto. Que pode ser o novo modelo, com tração dianteira, feito sobre a plataforma do Mini.

Liberdad – Governo de Cuba autorizou a compra, venda ou doação dos carros na ilha. Vale para o museu rodante há muitas décadas, sem manutenção correta, com adaptações de marcas, tipos e anos – e mais novos. É fácil endurecer o jogo, prender, punir, matar, mas quando passa a ter reflexos externos, há que afrouxar. Difícil é a velocidade da abertura.

Falta – A Argentina dificultou importações e a filosofia se acidenta com o varejo: rodas, por exemplos, são furtadas para ser reposição do estoque inexistente. E a demora para a entrada dos importados não-Mercosul, aumentou vendas e preços dos usados em 20%.

... 2 – Para os hermanos negócios atrapalhados. Fecharam, por falta de produtos, barrados administrativamente, as principais revendas BMW.

Aviso – Cristiano Rattazzi, argentino, presidente da Fiat de lá, simplificou as dúvidas sobre o aumento do IPI: se a economia do Brasil cair, a da Argentina ficará em pedaços. A Fiat de lá exporta 85% da produção para a daqui.

Família – Com apresentação próximo mês, o novo Palio, sobre a plataforma desenvolvida para a família iniciada com o Uno, atualizou estilo, tem mais altura, largura, melhor habitabilidade, frente lembrando o 500. Segui-lo-á pequeno utilitário esportivo.

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Novo Palio
                                      

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Mercado – Os preços dos últimos lançamentos das fabricantes nacionais exibem crescimento desmesurado. Sinaliza, o mercado deve se encolher e, consequente ao aumento do IPI sobre os importados, haverá soluços e engasgos no abastecimento. É de se imaginar o efeito Argentina: aumento de preço dos usados.

Aprimoramento – O centro de design da Volkswagen ampliará capacidade de adequar produtos globais, como o chegante UP!, e desenvolver linhas locais. Hoje a VW nacional é referência no exportar mão de obra qualificadíssima na especialidade.

Consumidor – Cliente levou Jeep Cherokee Laredo, diesel, 107 mil km rodados ao concessionário Caltabiano Morumbi, SP. Pediu revisão, regulagem, reclamou de barulho no motor de arranque. Orçamento para conserto: R$ 42.600. O carro vale pouco mais. É falta de noção.

Futuro – Mecanismo simples, de grandes efeitos, aplicado pela Ford ao Focus 2012: ao estacionar e abrir a porta, dispara lingüeta de borracha impedindo de bater, sofrer e causar danos no carro vizinho Se todos os carros usassem, findariam os anônimos amassados e danos nas laterais.

Álcool V Power – Único etanol aditivado do mercado chega a Recife e Goiânia após Rio, São Paulo, Curitiba e Salvador. A Shell pode entender de combustível, mas parece nada saber de influencia política, ao não distribuí-lo em Brasília, fonte de poder, legislação, frota mais nova, com maior quilometragem anual.

O que faz – Diz, o V Power Etanol tem, aferido pelo Instituto Mauá de Tecnologia, 46% mais de capacidade limpante que o etanol das outras petroleiras. Também, componente para melhor lubricidade no interior do motor.

Crescimento – Empresa familiar, a Keko, maior fornecedora de acessórios, em grande conquista: sede própria, unificou as unidades fabris. 21.000 m² em Flores da Cunha, RS.

Imortal – Sébastien Loeb, francês, dito Baixinho Possuído, sete vezes campeão do mundo em ralis, será estátua no Museu de Cera Grévin, Paris.

Mais uma – A Dafra, indústria de motos em Manaus, iniciará montar a coreana Daelim. É mais uma sob a verdadeira tenda das nações, onde compõe motos da Índia, Taiwan, China, Coréia, italiana MV Agusta.

Negócio – A Puma, alemã de roupas esportivas, acertou com a equipe de Fórmula 1 Mercedes GP Petronas. Terá adesivo no MGP W03, na temporada 2012; fornecerá macacões à prova de fogo para a equipe – e desenvolverá roupas e tênis lembrando a equipe, vendendo mundo afora, conseqüência da expansão continental da F-1 e atingimento de novos mercados.

Retífica RN – Derrapagens da Coluna: o motor mais potente do país é Scania, 16 litros, V-8; a Fiat não absorveu a divisão FPT – tornara-se independente, sem contar ao público externo; o picape Effa não é montado no Uruguai, mas importado da China.

Gente - Besaliel Botelho, recifense, engenheiro, 52, promoção. OOOO No. 1 da Robert Bosch na América Latina, primeiro brasileiro no cargo. OOOO Novo vice, Wolfram Anders, alemão, administrador, 52. OOOO












































































































Um comentário:

Anônimo disse...

RS3, não é 2,5 litros?