Fui ao lançamento - no Rio - de um veículo impar, que fica entre o Fiat Ducato e o Grand Caravan Chrysler, sem ser igual a nenhum deles. É menor um pouco que a Ducato, pouco mais silencioso por ter uma melhorável isolação acústica e uma ventoinha mecânica de radiador . O motor a gasolina tem dois litros, 16 válvulas e um turbo com intercooler que lhe permite 175 cavalos e 26 quilos de torque a baixa rotação, números de motor V6 de no minimo três litros na melhor tradição do downsizing. Menos que os 3,8 litros V6 de 286 CV da Chrysler, mas o suficiente com folga para mover o bicho com facilidade, ao menos com dois passageiros como andamos nela. Retoma bem, acelera rápido através das seis marchas embora a alavanca de cambio não seja totalmente prazerosa: meio dura demais para um sistema por cabos. Também o isolamento acústico pede uma manta na parede de fogo e no capô, bem como um par de ventiladores elétricos no radiador para tirar o barulho desagradável da hélice mecânica. A suspensão tinha tudo para ser perfeita com molas helicoidais nas quatro rodas, sem atrito entre as folhas de feixes que as outras vans do mercado têm para carregar mais carga. Portanto macia ela é e relativamente boa de estabilidade, mas os amortecedores são fracos para controlar com exatidão os 2.100 quilos mais passageiros e bagagem, que podem chegar facilmente a 2.800 quilos. Assim ela dá a segunda balançada em curvas um pouquinho mais ousadas, nada de imitar carro esporte com a sua altura, Aqui recomenda-se ao "Seu" Suspentécnica, Alberto Trivelatto em São Paulo, que fabrica tapetes mágicos e resolveria essa questão com facilidade escolhendo melhores amortecedores, mais duros em distensão que não deixassem um certo balanço longitudinal. Ponto a ressaltar é a direção livre de movimentos parasitas por ser a transmissão às rodas traseiras. Isso lhe dá o que é chamado popularmente de "jogo" invejável para os concorrentes de tração dianteira, ou seja, ela vira mais as rodas em manobras, com o tivemos oportunidade de usar em uma "saia justa" em Guaratiba... Outro ponto agradável é a altura da T8, menor que o mercado das vans, facilitando a entrada nos bancos para os mais velhos.
A posição de dirigir é perfeita, no painel que abriga a melhorável alavanca de cambio a unica crítica e o tamanho dos marcadores de gasolina e temperatura em mini barras digitais, muito pequenos para ter uma boa e fácil visualização. Ponto favorável é a iluminação por trás dos mostradores, que ainda têm números grandes e legíveis. Os equipamentos de bordo são bem adequados ao que se propõe o T8, ser uma camioneta de luxo. Assim também é o acabamento interno e externo - em preto, branco e cinza - e a sensibilidade correta dos comandos, embora a embreagem seja pouco comunicativa como a maioria delas quando de acionamento hidráulico. A posição é elevada, dando boa visibilidade, os bancos tem regulagem elétrica e os do meio viram e reclinam até se tornarem camas, mas aí ficam sem a proteção dos cintos de três pontos. a capacidade de bagagem é bem razoável para um veículo de sete passageiros.
ao fim e ao cabo desta breve avaliação de 80 quilômetros cheguei àq conclusão de que mais uma vez Papai Noel bateu na porta da JAC Motors na figura do inimitável Sergio Habib, colocando-os no bom caminho de fazer veículos cada vez melhores. embora ainda lhes falte uma sutil dose de tempero europeu com tem um Citroën C8 ou um Peugeot 806, aqui penalizados pela falta de potencia e torque de seus motores dois litros aspirados, proibidos de ter os turbodiesel modernos que dispõem em outros mercados, E o preço é 10% maior do que um enorme Ducato. Proponho aguardar o Mercedes Viano argentino para saber ao certo se nasceu uma estrela na China...
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