quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER



edita@rnasser.com.br Fax: (61)3225.5511 Coluna 4511 09.nov.2011

Começar de novo. O Palio 2012

Sabe o Palio, segundo produto no portfólio de produtos Fiat, proposta familiar e que já foi o mais vendido no segmento da evolução da motorização e atualmente anda em 6ª. posição ? Pois é, esqueça. Saiu de produção – há ainda, unidades em alguns revendedores, dependendo de sua coragem para fazer propostas atrevidas.

O novo Palio mudou totalmente em visual, como primeiro desdobramento sobre a nova plataforma, criada para receber o Uno. E, como ele, as diferenças avultam em tamanho – mais 2,8 cm em comprimento; 3,1 cm em largura; e importantes 4,37 cm entre os eixos. Há mais espaço para acomodar bancos e passageiros.

Diz a Fiat ter gasto US$ 1B no projeto, desenvolvendo protótipos, com eles rodando ampla quilometragem rodada e, até, mais de 6.000 litros de café para manter a equipe ligada. Na prática mudou a carroceria, manteve motores 1.0, 1.4 e 1.6, ajustou direção, transmissões, suspensões - de fato o carro tem ótima dirigibilidade.

Há harmonia estética entre a grande tomada de ar, a barra cromada, um bigode, como no ícone 500, o grupo óptico. Como o carro alargou na parte superior, as lanternas traseiras ficaram encorpadas. Com carroceria de hatch quatro portas, é visualmente agradável.

Ele cumpre a linha evolutiva iniciada com o Novo Uno. Plataforma mais ampla, resistente, trabalhos para mostrar conforto e evolução na rolagem. A Fiat bem se aplicou em decoração, harmonia visual, qualidade de materiais, cores e texturas. Mais porte, conforto, personalidade. No caso serão 6 versões, todas com motores flex: Attractive 1.0 e 1.4 Evo. Essence e Sporting mais o 1.6 EtorQ, onde pode ser aplicado o automatizador de câmbio Dualogic.

Lista de equipamentos e acessórios tão ampla quanto a de preços, iniciando em 30.290, indo a 42.490. Todos com direção hidráulica.

Curiosidade, a Fiat retirou o Palio antigo de produção. E manteve o mais antigo, projeto de Giorgetto Giugiaro. Pulou uma geração.

Teoria e prática

Tenho assente ponto de vista que toda montadora deveria ter em seus quadros hábeis pilotos, cultos e sensíveis colecionadores de veículos, gerentes de lojas de carros bem usados. Porque tal grupo ? Por ter em comum a capacidade de avaliar veículos pelos sentidos, informar se o tato e a ergonomia funcionam, se a rumorosidade é suportável, o ronco do motor convincente, comandos de fácil e agradável uso, se receptivo o meio ambiente. Capazes de observação do tipo – volante baixo, roça na barriga, pedais distantes, pomo da alavanca angulado, engrazamento das marchas sem sensibilidade – falta o cloc do engate, rumorosidade interna compete com o som.

Parece, na feitura do novo Palio reuniram esta turma. O automóvel tem um acerto e um meio ambiente típicos de veículos mais caros, em destaque a educada preocupação com a sensação térmica e sonora na cabine. Quer-se diferenciar no setor, pois projeta que 80% de suas vendas seja nas versões de entrada, aos motoristas familiares em ascensão, os em busca do automóvel capaz de levar pais e três adolescentes, Quer se destacar neste segmento, onde usualmente quem define o tipo de componente é o diretor financeiro das montadoras, com uma tesoura e um lápis vermelho, reduzindo-os ao mínimo de conforto.

A missão do Palio é adensar a do novo Uno, ser ferramenta no mercado interno e cunha no sul americano, sob responsabilidade e comando da Fiat brasileira. (RN)

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            Novo Palio, aríete da Fiat na América Latina

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Alfa Romeo. Meus palpites por Aí

Apreciadores de Alfa Romeo não são meros, anônimos motoristas, donos, usuários. Nada disto. Tendo-os – agora de coleção ou usados –, ou não os possuindo, sempre serão alfistas. Alfisti, como se tratam, coerentes á italianidade da marca. E nesta condição, lamentam, protestam, clamam pela volta da Alfa ao mercado brasileiro. Delicados, educados, confessam, invejam os argentinos, que podem te-los novos, atualizados, O km, a menor preço que custariam aqui.

E palpitam nos blogs e sítios do ramo. E como nestes grupos aparece de tudo em matéria de futurismo, meu lado dealfista praticante – conheço poucos outros insanos tendo carro da marca há 41 ininterruptos anos de paixão onanista e raivas públicas – avoca, democraticamente, o direito de palpitar, como o faço, dizendo o que sei da Alfa e Brasil.

Alfa virá para o Brasil ?

Sim, após fincar sua bandeira nos EUA a partir de 2014. Próximo ano inicia seu grande e cuidadoso caminho de salvação: voltar ao maior mercado do mundo.

Irá com o 4C, protótipo gestado pela equipe de Marco Tencone, em recordistas 9 dias, incluindo Natal e Ano Novo – é o estilo Sergio Marchionne, o capo de tutti capi, no. 1 da Fiat. Carro para ocupar mídia, provocar desejos, criar passagem em distribuidores Maserati. Produção semi-artesanal, chassi em alumínio e fibra de carbono, motor 4 cilindros, 1.7 litro, tradicional duplo comando, injeção direta, turbo, câmbio com dupla embreagem em seis marchas, produção FPT. Vai entre eixos, tem tração traseira e brio: faz 232 cv, 0 a 100 km/h em menos de 5s e crava reais 250 km/h. Pequeno volume, para marcar espaço na cabeça dos compradores.

Mais o quê ?

Nova geração do MiTo e Giulietta. Este, mais recente, vendeu de 100 mil em um ano, carimbo de sucesso para a marca. E, utilitário esportivo grande, em retoques finais. Cara e jeito de Alfa – linhas frontais, grade, traços das portas, grupos ópticos. A base é o Maserati Kubang. O motor é o básico V8, 32 válvulas, servindo a Maserati e Ferrari. A parte superior Alfa. Feito na Itália.

Só ?

Não. Terá produtos com peças Chrysler interpretação Alfa. Utilitário esportivo, menor, baseado no Jeep Compass, novo motor PentaStar 2.7, personalização Alfa Romeo. Feito nos EUA.

Só ? Não. Haverá sedã médio, sobre a plataforma dita C-Wide. Não é Chrysler, mas do grupo Fiat, adequação da boa base ex- Marea, com capacidade de crescer entre eixos e em largura. Produzido nos EUA.

Só ?

Não. Para os EUA sedã maior, de luxo, com motorização Chrysler em receita, molho, temperos e chef Alfa. Produção EUA.

Porque motor Chrysler ?

Custos. Um cavalo de força norte-americano custa muito menos que um europeu, em especial de raça elaborada.

E aqui ?

Produtos variarão em função das facilidades industriais. Alfas não serão produzidos no Brasil ou Argentina, onde a Fiat aumenta a capacidade de fazer carros da marca mãe. Por sucesso ou custos, alguns produtos com base Chrysler poderão ser feitos em fábricas no México, trazidos sem os 35% de imposto de importação.

E o Giugiaro ?

Vai bem, obrigado, não faz mais projetos para Alfa; aproveita o verão para andar de moto; olhar o crescimento de sua conta bancária com os milhões de Euros recebidos pela venda do controle da Italdesign à Volkswagen, e pelo salário de presidente do Conselho, onde olha o desenvolvimento de projetos para as marcas do grupo. É o mais sabido dos designers.

Quem fará ?

A equipe Alfa, com estilo liderado por Marco Tencone, e supervisão de Lorenzo Ramasciotti – a volta dos italianos ao estilo Alfa. As plataformas foram acertadas por equipe com Claudio Demaria à frente, especialista em fazer coisas novas a partir de usadas, o Lavoisier da Fiat, diretor da marca no Brasil.

Aqui, quem distribuirá ?

Nem o Sérgio Habib da JAC Motors, nem o Bira Senna Imports, ou outros interessados, mas a rede de distribuição Chrysler. Em expansão, deixará os prédios divididos com as revendas Mercedes. Têm trato com clientes de carros mais caros, e a comunização de peças facilitará a assistência.

Assim, se afim, comece a engordar o porquinho.

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     Alfa 4C, vermelho lava, cartão de visita da volta aos EUA.




     Maserati Kubang. Acertos, a grade triangular, e será Alfa.

----------------------------------------------------------------------------------------------- Roda-a-Roda

Sai – JAC Motors anuncia pedra fundamental e compromisso de construir fábrica em Camaçari, BA. Diz, fará a partir 2014, 100 mil carros ano; contratará 3.500 pessoas diretamente, mais de 10 mi indiretamente, construirá laboratórios e pista de teste com investimento de R$ 900M.

Revisão – Detalhes marcam a modelia 2012 do Kia Soul: grade, para choques, grupo óptico, rodas com opção entre 16 e 18”, e transmissão com 6 velocidades, mecânica ou automática.

À moda – A JAC surpreendeu com as demandas dos compradores nacionais, propondo trocar por acessórios os equipamentos de segurança embarcados, ABS e almofadas de ar. Fez meia cessão, amarrou o burro de acordo com a vontade do comprador: não retirou os equipamentos, mas aplicou estofamento em couro, a maldita película nos vidros, e tapetes. É, apropriadamente, a Série Brasil. Mantém preços: J3 R$ 37.900 e J3 Turin, R$ 39.900. Limpa pátio 2011.

Convívio – A Peugeot anunciou em 2013 terá novo produto, o 208. Inicialmente, segundo degrau de preço em sua linha, iniciada pelo 207. Vale para a Europa, onde o 207 é modelo com personalidade, e para o Mercosul, onde é o 206 com trato decorativo.

Aposta – Carro de responsabilidade, traz no porta-malas a esperança de ajudar a retomar crescimento e lucros neste período de briga de foice. A Peugeot é a mais antiga marca do mundo e não pode deixar más escolhas comprometer o futuro de dois séculos de história.

Caminho – A Ford anunciou dados do motor substituto dos 1.600 e 2.000 em seus carros em 70 países. É o EcoBoost 1.0, injeção direta, turbo, 125 cv de potência. O Brasil será um dos produtores. Os novos motores reduzem peso, tamanho da baia do motor, e emissões poluentes, sem prejuízo ao resultado dinâmico.

Conforto – Transmissão automática chegou ao Renault Sandero Stepway. Apesar de limitada a quatro velocidades, tem monitoramento eletrônico, troca seqüencial, e soluções técnicas como escolher a melhor marcha de acordo com as constantes medições do uso e da maneira de conduzir. Toca-a o bom motor 1.6, 16 válvulas, 107 cv a gasálcool e 112 a etanol. Custa R$ 47.490 – R$ 2.500 sobre caixa mecânica 5 marchas.

Leitura – A Mercedes-Benz foi a primeira montadora a abrigar sete pontos de leitura dentro da fábrica, projeto do Ministério da Cultura, com biblioteca fornecida e aberta aos trabalhadores e família. Mais que local de ler, é ponto de encontro de cultura.

Sonho – Parece, mas não é. Finalmente, após anos autorizando a continuidade de produção de peças para modelos antigos, a Ford credenciou a produção de carrocerias para refazer Mustangs conversíveis dos primeiros modelos, ‘64 ½, ‘65 e ’66. Ferramentas e moldes autênticos, metais, soldas e processos modernos, são tecnicamente superiores às de meio século passado. A carroceria custa US$ 15 mil.

Gente – Eduardo de Souza Ramos, 67, presidente do conselho da MMC Automotores, laureado. OOOO Administrador Emérito pelo conselho da classe. OOOO É modesto vencedor: iates, carros, comércio, indústria, jogos, Olimpíadas. Invejável caráter. OOOO Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat, líder admirado. OOOO Promoção da revista Carta Capital. OOOO Jean-Michel Jalinier, francês, doutor em engenharia e ciências, 58, mudança. OOOO Sai da presidência da Renault Mercosul para a equipe de Fórmula 1, a Renault Sport F1. OOOO Jalinier conduziu bons resultados na Renault daqui menos de dois anos. OOOO Olivier Murguet, formado em comércio, 45, novo presidente da Renault Mercosul. OOOO Carreira meteórica, fala o português da origem. OOOO


Um comentário:

Marcelo disse...

Juntando meus trocados para 2014 ou 2015.