O Golf, de
volta, em sétima geração.
Finalmente,
após marchas e recuos, a administração local da Volkswagen conseguiu vender à
matriz a imagem, os números, e as perspectivas da filial. Elevou-a a linha
direta de contato e, melhor: parametrizar o Brasil com a VW no mundo. Na
prática fazer aqui produtos idênticos aos que a marca produz, acabando com as
particularidades dos produtos nacionais, melhor carimbo do isolamento da
operação sul americana, facilitando negócios, exportações, trocas, sinergias.
As famílias Gol e Fox existem apenas no Brasil, tipo excentricidade tropical.
O Golf VII
substituirá a geração 4 e meia – outra peculiaridade nacional. Está sendo
importado e, a partir de dezembro, produzido em São José dos Pinhais, beiradas
de Curitiba. Interessantemente o gestor desta fábrica é Thomas Schmall, atual
presidente, autor da promoção institucional do Brasil no organograma da VW AG.
Tudo, nada
Formular o
Golf pode parecer fácil, pois o automóvel lidera vendas mundiais em seu
segmento. Mas por isto é difícil. Daí o desafio é mudar tudo, mostrar evolução,
conter o ímpeto de fazer revolução, manter o carro inequívoco. Olhou, pode ser
novo, mas será um Golf. Curiosamente foi um jovem designer, Philip Röwers, o
autor da proposta vencedora, aprovada em última instância por Giorgetto
Giugiaro, criador do Golf I, e hoje associado e diretor da VW.
Plataforma
nova, ajustável para permitir veículos da família VW do segmento, tem 11 cm a
mais na distância entre eixos, pesa 26 kg menos por emprego de aços mais
leves aplicados em locais sem tração. É mais baixo, mais largo,
aerodinâmico, com CX de 0,318.
A síntese do
produto é ter a cara e as sensações imensuráveis porém perceptíveis de
resistência, segurança, solidez que é o DNA da marca. Entretanto, porta os
ganhos tecnológicos com elevada incorporação de eletrônica para garantir
comportamento de segurança.
Terá três
versões de decoração e dois motores de última geração: 1.4 e 2.0, ambos com
quatro cilindros em bloco de alumínio, 16 válvulas, injeção direta na cabeça do
pistão, turbo alimentador e intensa eletrônica. Potências de 140 e 220 cv. No
primeiro, opção de câmbio mecânico de seis velocidades e transmissão DSG,
mecânica, sete velocidades, duas embreagens e uso como automática. No 2.0
apenas DSG de seis velocidades. A versão GTI deverá aparecer inicialmente como
topo de uso desta configuração. A mágica do downsizing, o uso de motores
menores e mais leves, chegou à combinação mecânico-eletrônica oferecendo
capacidade de conseguir diferentes potencias com um só motor. Antes, para fazer
um Golf performático era necessário trocar o motor, tomar um V6 de automóvel
maior, aplicá-lo sob o capô. Hoje basta mudar uns parafusos, porcas e um chip no motor padrão, e o rato ruge.
Novidades
Novo modelo
tem peso específico. Mas ter automóvel sintonizado com o mercado externo – lançamento
no domingo -, com motorização que limpa o cenário, mostra o caminho para os
novos motores, em plataforma multi uso e de vida longa – permitirá, por
exemplo, fazer na mesma fábrica carros para a Audi, tanto A3 quanto A4, é muito
mais importante: amplia o horizonte para a Volkswagen no Brasil.
Preços ao
lançamento local, ainda em setembro, e apostas entre R$ 65 mil para 1.4
transmissão mecânica a próximos R$ 90 mil para o 2.0. Palpites.
-------------------------------------------------------------------------------------
Golf VII. Mais tudo – leve, rápido, confortável, forte.
Melhor
é ser feito aqui, sem defasagem
----------------------------------------------------------------------------------
E a Kia,
pode ter fábrica no Brasil ?
A decisão,
pelo Supremo Tribunal Federal, que a Kia não é sucessora nas operações da Asia
Motors, abre novo cenário para a empresa. Como história, a Asia fez uma costura
de mal-feitos, somou incentivos, lançou duas pedras fundamentais de fábrica,
não cumpriu o compromissado, e sumiu – um dos sócios ainda mora no Brasil,
outro estava preso na Coréia -, deixando dívidas, em especial com o governo
federal, que bobeou na fiscalização.
Na Coreia
natal, Asia e Kia iam mal e o governo mandou a Hyundai, um chaebol, conglomerado, assumir as empresas.
Aparentemente caracterizada uma sucessão de obrigações, Tribunal internacional
entendeu a inexistência de vínculo sucessório, conceito também adotado em
decisão do Superior Tribunal de Justiça, o STJ. Agora o Supremo deu a palavra
final e encerrou a querela.
Abre caminho
para várias opções à coreana Kia Motor Corporation: operar em conjunto com a
controladora Hyundai; fazer acordo ou joint
venture com o representante
brasileiro, o grupo Gandini; ou permitir a este iniciativa solitária, fazendo
uma Kia do B, como é a
CAOA Montadora autorizada pela Hyundai para montar produto específico em poucas
operações. Gandini tem parque industrial imobilizado em Salto, SP, e não se
interessou pelo regime de incentivos que permitiu ampliação da fábrica da
Mitsubishi em Catalão, Go, da Ford na Bahia, e instalação da CAOA em Anápolis.
Agora, sem riscos de arcar com indenizações, a matriz pode se resolver por
operação industrial no país, mercado chave para qualquer fabricante de automóveis.
Tudo pode
acontecer – inclusive nada ...
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Roda-a-Roda
Parafuso – A contínua regulamentação anti emissões na Europa faz a
primeira mudança – a preferência pelos motores diesel. Continente líder nesta
opção, chegou ao pico do equilíbrio com a gasolina, e mostra queda constante de
1% a.a. Está em 44% diesel.
Meu bolso – Os novos diesel são agradáveis e econômicos, mas as restrições
legais, como o próximo uso de filtro para injeção do combustível, aumentam
custos dos veículos, reduzem vendas. Nos EUA não decolam.
----------------------------------------------------------------------------------------
Peugeot 308 R
----------------------------------------------------------------------------------------
Olho no olho – Objetivo da Peugeot com o novo 308, é colar no VW Golf, líder
da categoria. A VW lançou a geração VII e a Peugeot o novo 308. A VW gestou
versão R, motor com 296 cv, e a francesa respondeu com versão em direcionamento
e designação idêntica.
R – Ousada pintura em duas cores – uma à
frente, outra posterior – e a mesma fórmula: 4 cilindros, 16V, turbo. Apertou
uns parafusos e o 1.6 HTP, fórmula aviada com a BMW e hoje panacéia peugeotiana,
fará 280 cv. Mira no Golf e Focus ST.
Mais - No embalo, mesma motorização e identificação, mostrará, também
no Salão de Frankfurt, o cupê RCZ. O R é de fácil fazer aqui, mesmo sendo nosso
308 diferente da novidade francesa.
Mercado – Mudança de perfil do consumidor dos EUA, optando por veículos
menores e mais econômicos, instou a Ford lá fazer o novo Fusion. Entre México e
a nova fábrica terá capacidade de fazer 1M /ano.
Nada muda – Ao
Brasil continuará vindo do México, sem impostos de importação. Nova formulação
e grade à Aston Martin, revitalizaram-no.
Nissan – Iniciando formar
leque de produtos, a Nissan importa o Altima, sedã aqui considerado grande.
Concorrente do Ford Fusion, tem motor 2.5, 182 cv, câmbio CVT em oito posições.
Branco, preto e prata. Versão única a R$ 99.800. Novidade, assentos dianteiros
com gravidade zero, tecnologia das cápsulas espaciais para reduzir o cansaço
dos ocupantes. Nos revendedores.
Presença – A Nissan quer fazer número e presença. O Altima vem dos EUA,
paga imposto de importação, e tem preço concorrente ao Fusion, isento por
mexicano. A Nissan tem
prejuízos ? Ou a Ford muito lucro ?
Dólar – 15% em
queda do Real ?, ascensão do dólar ?, midi desvalorização ?, reclassificou o
mercado para carros importados. Neste ano vendas de importados, por montadoras
e importadoras sem operação industrial no país encolheram 35%, exibindo o
futuro mais para cinza que azul.
Oportunidade – Renault pretendia vender 10 mil unidades/ano, importando
Mégane Coupé RS e o pequeno utilitário esportivo Captur para aliviar a crítica
operação europeia. Chegou a mostrá-los à imprensa.
Pé no freio – Entretanto Olivier Murguet, CEO da operação brasileira,
declarou, a iniciativa, pela valorização do dólar, transformou projeto de lucro
em risco. O aumento garfou o lucro. A operação é prevista, porém
suspensa.
Limpeza – Chery não conseguiu zerar o estoque das 1.000 unidades
restantes do QQ e, para acabar com os últimos 600 vende-os a R$ 19.990.
Informa, será o segundo produto de sua fábrica em Jacareí, SP. Tomara seja
modelo novo. Este, descontinuado, é cópia mal feita de coreano Daewoo.
Exemplo – Como diria um bêbado honoris
causa, nunca na história deste país houve um carro tão desacertado entre
suspensões e direção. Supera, em escala descendente, até o primeiro Gurgel BR
800.
Parâmetro - O Governo Federal, por Ministério da Justiça, Denatran, ou
área da saúde, deveria vê-lo como símbolo da necessidade de criar órgão para
avaliar nacionais ou importados antes da venda no mercado interno, riscos, acidentes,
danos, perdas.
Aprimoramento
– Peugeot 408 melhorou o
motor 2.0 de aspiração natural e aplicou-lhe transmissão automática de seis
velocidades. Torque se elevou a 22 kgmf com álcool. Combinação dá agilidade e
permite economia de 5%.
De novo - GM apresentou o utilitário TrailBlazer
e picape S 10. Atualizou a motorização diesel. Espécie de começar de novo. O
utilitário não decola em vendas, a fabricante reconheceu ter pesado a mão no
preço, reduziu-o, sem resultados. O motor mais forte 20 cv e adereços internos
dão a cara de começar de novo.
Tecnologia – Universidade Federal de Minas Gerais e Fiat conveniaram
cooperar em modelo computacional para o primeiro motor a álcool do mundo.
Específico, diferente dos atuais, projetados para gasolina e adaptados ao
álcool.
Negócio – Fórmula deve reduzir tensões entre academia e vida real. Há
uns 40 anos o CTA, Centro Técnico de Aeronáutica iniciou tal pesquisa, fez
protótipos, mas o governo por insondáveis razões, e o desinteresse da indústria
automobilística inviabilizaram o projeto.
Prazo – Chama-se Simulação computacional
tridimensional do motor conceito a etanol, envolvendo caracterização do
escoamento de ar, spray e da combustão. Processo longo, 10 anos para chegar
ao mercado. A Fiat fará lucros com produção e vendas, e UFMG receberá royalties sobre produção.
Elétricos – Renault iniciou vender carros elétricos para a CPFL, estatal
paulista de energia. Avaliar na prática e fomentar o uso de seu combustível,
cedendo veículos para frotas.
Surpresa – Hyundai projetou sua fábrica em Piracicaba, SP, e descobriu-se
com sub capacidade. Iniciou o terceiro turno, das 0h59 às 6h05, criando 700
empregos e saturando sua capacidade de produzir 150 mil unidades/ano.
Nuvem – Nova ferramenta, o Here
Connected Driving, da Nokia, auxiliará fabricantes de veículos a conectar
carro e motorista à computação em nuvem, mapas, personalização para cada
fabricante, enlaça celulares e coisas práticas como encontrar vagas para
estacionamento.
Aniversário – Alfistas festejarão os 40 anos de lançamento do Alfa Romeo
2300 em ampla viagem com os exclusivos e provectos automóveis. Projetam passar
por Xerém, onde eram feitos na FNM, depois na Fiat, em Betim, onde se encerrou
a produção. Irão até Brasília. Em 2014. Tens
? A fim ? Dê sugestões e se
incorpore em AlfaRomeoBR@yahoogrupos.com.br
Livro – Paulo Peralta, jornalista, contador de histórias sobre
automóveis, novo livro: Glamour
e tragédia na origem de Interlagos. Relata a motivação emocional e política
induzindo a construção do autódromo paulistano.
Mais - Esclarece o acidente entre a atrevida francesa Hellé Nice – de
quem se originou o uso do nome no Brasil -, e o diplomata/piloto Manuel de
Teffé. Belo esclarecimento. Li, gostei. Quer ?expressaoearte@terra.com.br
Gente – Sérgio
Ferreira, 44, carreira na Fiat, diretor geral da Chrysler, mudança. OOOO Novo VP de Marketing e
Vendas da Nissan. OOOO Perspectivas
de maior futuro por operação industrial da marca. OOOO João Veloso,
jornalista, ex relações com a imprensa da Fiat e Chrysler, mesa grande na
Nissan. OOOO Diretor
de comunicações. Razões idênticas. Era “um dos”, agora será “o”. OOOO. Ordem do
presidente mundial para a Nissan crescer 100% no Brasil em 5 anos, era p’ra valer. OOOO Jörg Hofmann, alemão, 46,
administrador e mestre, cereja. OOOO
CEO Audi no Brasil, desafio em carreira de sucesso na marca, trampolim em caso
de êxito. OOOO A Audi
voltará a vender números de cinco dígitos com o montar A3 ou A4 no Brasil. OOOO Leandro Radomile,
brasileiro, ascensão. OOOO Era diretor geral e comercial no último
ano, será de Operações, vital para a expansão pretendida. OOOO Ola –parece
saudação mas é nome sueco - Källenius,
44, crescimento: novo VP de Vendas e Marketing e membro do board Mercedes-Benz. OOOO Sucede Joachim Schmdit, aposentado ao atingir 65 anos, autor do
plano de crescimento da marca até 2020, no desafio imposto pelo Conselho a
Dieter Zetsche – recuperar a liderança de automóveis Premium. OOOO Do ramo: ex diretor da fábrica Mercedes nos EUA; da área de
preparação de motores na Inglaterra; da Mac Laren, presidiu e expandiu a
Mercedes AMG. OOOO Controlará
marca na América do Sul. OOOO
Um comentário:
Ué, não entendi a piada. FAlaste do mineirim, né? O Aecim tem algum doutorado honoris causa?
Postar um comentário