sábado, 7 de setembro de 2013

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER



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Coluna 3613  05.Setembro.2013


O Golf, de volta, em sétima geração.

Finalmente, após marchas e recuos, a administração local da Volkswagen conseguiu vender à matriz a imagem, os números, e as perspectivas da filial. Elevou-a a linha direta de contato e, melhor: parametrizar o Brasil com a VW no mundo. Na prática fazer aqui produtos idênticos aos que a marca produz, acabando com as particularidades dos produtos nacionais, melhor carimbo  do isolamento da operação sul americana, facilitando negócios, exportações, trocas, sinergias. As famílias Gol e Fox existem apenas no Brasil, tipo excentricidade tropical.
O Golf VII substituirá a geração 4 e meia – outra peculiaridade nacional. Está sendo importado e, a partir de dezembro, produzido em São José dos Pinhais, beiradas de Curitiba. Interessantemente o gestor desta fábrica é Thomas Schmall, atual presidente, autor da promoção institucional do Brasil no organograma da VW AG.
Tudo, nada
Formular o Golf pode parecer fácil, pois o automóvel lidera vendas mundiais em seu segmento. Mas por isto é difícil. Daí o desafio é mudar tudo, mostrar evolução, conter o ímpeto de fazer revolução, manter o carro inequívoco. Olhou, pode ser novo, mas será um Golf. Curiosamente foi um jovem designer, Philip Röwers, o autor da proposta vencedora, aprovada em última instância por Giorgetto Giugiaro, criador do Golf I, e hoje associado e diretor da VW.
Plataforma nova, ajustável para permitir veículos da família VW do segmento, tem 11 cm a mais na distância entre eixos, pesa 26 kg menos por emprego de  aços mais leves aplicados em locais sem tração. É mais baixo, mais largo, aerodinâmico, com CX de 0,318.
A síntese do produto é ter a cara e as sensações imensuráveis porém perceptíveis de resistência, segurança, solidez que é o DNA da marca. Entretanto, porta os ganhos tecnológicos com elevada incorporação de eletrônica para garantir comportamento de segurança.
Terá três versões de decoração e dois motores de última geração: 1.4 e 2.0, ambos com quatro cilindros em bloco de alumínio, 16 válvulas, injeção direta na cabeça do pistão, turbo alimentador e intensa eletrônica. Potências de 140 e 220 cv. No primeiro, opção de câmbio mecânico de seis velocidades e transmissão DSG, mecânica, sete velocidades, duas embreagens e uso como automática. No 2.0 apenas DSG de seis velocidades. A versão GTI deverá aparecer inicialmente como topo de uso desta configuração. A mágica do downsizing, o uso de motores menores e mais leves, chegou à combinação mecânico-eletrônica oferecendo capacidade de conseguir diferentes potencias com um só motor. Antes, para fazer um Golf performático era necessário trocar o motor, tomar um V6 de automóvel maior, aplicá-lo sob o capô. Hoje basta mudar uns parafusos, porcas e um chip no motor padrão, e o rato ruge.
Novidades
Novo modelo tem peso específico. Mas ter automóvel sintonizado com o mercado externo – lançamento no domingo -, com motorização que limpa o cenário, mostra o caminho para os novos motores, em plataforma multi uso e de vida longa – permitirá, por exemplo, fazer na mesma fábrica carros para a Audi, tanto A3 quanto A4, é muito mais importante: amplia o horizonte para a Volkswagen no Brasil.
Preços ao lançamento local, ainda em setembro, e apostas entre R$ 65 mil para 1.4 transmissão mecânica a próximos R$ 90 mil para o 2.0. Palpites.
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Golf VII. Mais tudo – leve, rápido, confortável, forte. 
Melhor é ser feito aqui, sem defasagem
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E a Kia, pode ter fábrica no Brasil ?
A decisão, pelo Supremo Tribunal Federal, que a Kia não é sucessora nas operações da Asia Motors, abre novo cenário para a empresa. Como história, a Asia fez uma costura de mal-feitos, somou incentivos, lançou duas pedras fundamentais de fábrica, não cumpriu o compromissado, e sumiu – um dos sócios ainda mora no Brasil, outro estava preso na Coréia -, deixando dívidas, em especial com o governo federal, que bobeou na fiscalização.
Na Coreia natal, Asia e Kia iam mal e o governo mandou a Hyundai, um chaebol, conglomerado, assumir as empresas. Aparentemente caracterizada uma sucessão de obrigações, Tribunal internacional entendeu a inexistência de vínculo sucessório, conceito também adotado em decisão do Superior Tribunal de Justiça, o STJ. Agora o Supremo deu a palavra final e encerrou a querela.
Abre caminho para várias opções à coreana Kia Motor Corporation: operar em conjunto com a controladora Hyundai; fazer acordo ou joint venture com o representante brasileiro, o grupo Gandini; ou permitir a este iniciativa solitária, fazendo uma Kia do B, como é a CAOA Montadora autorizada pela Hyundai para montar produto específico em poucas operações. Gandini tem parque industrial imobilizado em Salto, SP, e não se interessou pelo regime de incentivos que permitiu ampliação da fábrica da Mitsubishi em Catalão, Go, da Ford na Bahia, e instalação da CAOA em Anápolis. Agora, sem riscos de arcar com indenizações, a matriz pode se resolver por operação industrial no país, mercado chave para qualquer fabricante de automóveis.
Tudo pode acontecer – inclusive nada ...
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Roda-a-Roda
Parafuso – A contínua regulamentação anti emissões na Europa faz a primeira mudança – a preferência pelos motores diesel. Continente líder nesta opção, chegou ao pico do equilíbrio com a gasolina, e mostra queda constante de 1% a.a. Está em 44% diesel.
Meu bolso – Os novos diesel são agradáveis e econômicos, mas as restrições legais, como o próximo uso de filtro para injeção do combustível, aumentam custos dos veículos, reduzem vendas. Nos EUA não decolam.
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Peugeot 308 R
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Olho no olho – Objetivo da Peugeot com o novo 308, é colar no VW Golf, líder da categoria. A VW lançou a geração VII e a Peugeot o novo 308. A VW gestou versão R, motor com 296 cv, e a francesa respondeu com versão em direcionamento e designação idêntica.
R – Ousada pintura em duas cores – uma à frente, outra posterior – e a mesma fórmula: 4 cilindros, 16V, turbo. Apertou uns parafusos e o 1.6 HTP, fórmula aviada com a BMW e hoje panacéia peugeotiana, fará 280 cv. Mira no Golf e Focus ST.
Mais - No embalo, mesma motorização e identificação, mostrará, também no Salão de Frankfurt, o cupê RCZ. O R é de fácil fazer aqui, mesmo sendo nosso 308 diferente da novidade francesa.
Mercado – Mudança de perfil do consumidor dos EUA, optando por veículos menores e mais econômicos, instou a Ford lá fazer o novo Fusion. Entre México e a nova fábrica terá capacidade de fazer 1M /ano.
Nada muda – Ao Brasil continuará vindo do México, sem impostos de importação. Nova formulação e grade à Aston Martin, revitalizaram-no.
Nissan – Iniciando formar leque de produtos, a Nissan importa o Altima, sedã aqui considerado grande. Concorrente do Ford Fusion, tem motor 2.5, 182 cv, câmbio CVT em oito posições. Branco, preto e prata. Versão única a R$ 99.800. Novidade, assentos dianteiros com gravidade zero, tecnologia das cápsulas espaciais para reduzir o cansaço dos ocupantes. Nos revendedores.
Presença – A Nissan quer fazer número e presença. O Altima vem dos EUA, paga imposto de importação, e tem preço concorrente ao Fusion, isento por mexicano. A Nissan tem prejuízos ? Ou a Ford muito lucro ?
Dólar – 15% em queda do Real ?, ascensão do dólar ?, midi desvalorização ?, reclassificou o mercado para carros importados. Neste ano vendas de importados, por montadoras e importadoras sem operação industrial no país encolheram 35%, exibindo o futuro mais para cinza que azul.
Oportunidade – Renault pretendia vender 10 mil unidades/ano, importando Mégane Coupé RS e o pequeno utilitário esportivo Captur para aliviar a crítica operação europeia. Chegou a mostrá-los à imprensa.
Pé no freio – Entretanto Olivier Murguet, CEO da operação brasileira, declarou, a iniciativa, pela valorização do dólar, transformou projeto de lucro em risco. O aumento garfou o lucro. A operação é prevista, porém suspensa.
Limpeza – Chery não conseguiu zerar o estoque das 1.000 unidades restantes do QQ e, para acabar com os últimos 600 vende-os a R$ 19.990. Informa, será o segundo produto de sua fábrica em Jacareí, SP. Tomara seja modelo novo. Este, descontinuado, é cópia mal feita de coreano Daewoo.
Exemplo – Como diria um bêbado honoris causa, nunca na história deste país houve um carro tão desacertado entre suspensões e direção. Supera, em escala descendente, até o primeiro Gurgel BR 800.
Parâmetro - O Governo Federal, por Ministério da Justiça, Denatran, ou área da saúde, deveria vê-lo como símbolo da necessidade de criar órgão para avaliar nacionais ou importados antes da venda no mercado interno, riscos, acidentes, danos, perdas.
Aprimoramento – Peugeot 408 melhorou o motor 2.0 de aspiração natural e aplicou-lhe transmissão automática de seis velocidades. Torque se elevou a 22 kgmf com álcool. Combinação dá agilidade e permite economia de 5%.
De novo - GM apresentou o utilitário TrailBlazer e picape S 10. Atualizou a motorização diesel. Espécie de começar de novo. O utilitário não decola em vendas, a fabricante reconheceu ter pesado a mão no preço, reduziu-o, sem resultados. O motor mais forte 20 cv e adereços internos dão a cara de começar de novo
Tecnologia – Universidade Federal de Minas Gerais e Fiat conveniaram cooperar em modelo computacional para o primeiro motor a álcool do mundo. Específico, diferente dos atuais, projetados para gasolina e adaptados ao álcool.
Negócio – Fórmula deve reduzir tensões entre academia e vida real. Há uns 40 anos o CTA, Centro Técnico de Aeronáutica iniciou tal pesquisa, fez protótipos, mas o governo por insondáveis razões, e o desinteresse da indústria automobilística inviabilizaram o projeto.
Prazo – Chama-se Simulação computacional tridimensional do motor conceito a etanol, envolvendo caracterização do escoamento de ar, spray e da combustão. Processo longo, 10 anos para chegar ao mercado. A Fiat fará lucros com produção e vendas, e UFMG receberá royalties sobre produção.
Elétricos – Renault iniciou vender carros elétricos para a CPFL, estatal paulista de energia. Avaliar na prática e fomentar o uso de seu combustível, cedendo veículos para frotas.
Surpresa – Hyundai projetou sua fábrica em Piracicaba, SP, e descobriu-se com sub capacidade. Iniciou o terceiro turno, das 0h59 às 6h05, criando 700 empregos e saturando sua capacidade de produzir 150 mil unidades/ano.
Nuvem – Nova ferramenta, o Here Connected Driving, da Nokia, auxiliará fabricantes de veículos a conectar carro e motorista à computação em nuvem, mapas, personalização para cada fabricante, enlaça celulares e coisas práticas como encontrar vagas para estacionamento.
Aniversário – Alfistas festejarão os 40 anos de lançamento do Alfa Romeo 2300 em ampla viagem com os exclusivos e provectos automóveis. Projetam passar por Xerém, onde eram feitos na FNM, depois na Fiat, em Betim, onde se encerrou a produção. Irão até Brasília. Em 2014. Tens ? A fim ? Dê sugestões e se incorpore em AlfaRomeoBR@yahoogrupos.com.br
Livro – Paulo Peralta, jornalista, contador de histórias sobre automóveis, novo livro: Glamour e tragédia na origem de Interlagos. Relata a motivação emocional e política induzindo a construção do autódromo paulistano.
Mais - Esclarece o acidente entre a atrevida francesa Hellé Nice – de quem se originou o uso do nome no Brasil -, e o diplomata/piloto Manuel de Teffé. Belo esclarecimento. Li, gostei. Quer ?expressaoearte@terra.com.br
Gente  Sérgio Ferreira, 44, carreira na Fiat, diretor geral da Chrysler, mudança. OOOO Novo VP de Marketing e Vendas da Nissan. OOOO Perspectivas de maior futuro por operação industrial da marca. OOOO João Veloso, jornalista, ex relações com a imprensa da Fiat e Chrysler, mesa grande na Nissan. OOOO Diretor de comunicações. Razões idênticas. Era “um dos”, agora será “o”. OOOO. Ordem do presidente mundial para a Nissan crescer 100% no Brasil em 5 anos, era p’ra valer. OOOO Jörg Hofmann, alemão, 46, administrador e mestre, cereja. OOOO CEO Audi no Brasil, desafio em carreira de sucesso na marca, trampolim em caso de êxito. OOOO A Audi voltará a vender números de cinco dígitos com o montar A3 ou A4 no Brasil. OOOO Leandro Radomile, brasileiro, ascensão. OOOO Era diretor geral e comercial no último ano, será de Operações, vital para a expansão pretendida. OOOO Ola –parece saudação mas é nome sueco - Källenius, 44, crescimento: novo VP de Vendas e Marketing e membro do board Mercedes-Benz. OOOO Sucede Joachim Schmdit, aposentado ao atingir 65 anos, autor do plano de crescimento da marca até 2020, no desafio imposto pelo Conselho a Dieter Zetsche – recuperar a liderança de automóveis Premium. OOOO Do ramo: ex diretor da fábrica Mercedes nos EUA; da área de preparação de motores na Inglaterra; da Mac Laren, presidiu e expandiu a Mercedes AMG. OOOO Controlará marca na América do Sul. OOOO


Um comentário:

Anônimo disse...

Ué, não entendi a piada. FAlaste do mineirim, né? O Aecim tem algum doutorado honoris causa?