Prefeitos, corram
És prefeito de cidade no Sudeste,
Sul ? Tens interesse em implantar fábrica de automóveis em seu município ? Acha
que será bom para todos, incluindo para as próximas eleições ? Então, prezado alcaide, corra.
A Mercedes-Benz iniciou tabular dados para escolher local para sua
próxima usina, e produzir a nova família Classe A. Foca na região Sudeste e Sul
considerando logística, facilidades de transporte, rapidez para instalação -
mas, naturalmente, considera incentivos.
Rio de Janeiro não quer perder a vez de ampliar o polo
automobilístico de Resende e Porto Real e acena, sugerindo se instale ao lado
da fábrica da Nissan, em implantação. O governo de Minas, onde em Juiz de Fora
está a antiga fábrica do Classe A e agora de caminhões, idem, sugerindo Montes
Claros. Mas a Mercedes não quer ir para o norte, preferindo menor distância de
portos.
Fosse eu prefeito de Joinville, SC, exumaria a proposta feita há
década e meia, quando a cidade estava cotadíssima para receber a fábrica,
perdendo-a, na mesa de decisão, para os mineiros. Alemães da Mercedes estão
cismadíssimos com a decisão da BMW, seu competidor frontal em automóveis, em
instalar-se em Araquari, onde o governo federal prometeu fazer aeroporto
intermodal, para passageiros e carga, e estrada direta ao porto de São
Francisco do Sul.
Não será apenas uma fábrica, mas a fábrica de automóveis Mercedes na América Latina. Considere-se o
presidente mundial, de mandato renovado para retomar a liderança em vendas de
automóveis, e o novo presidente local, um homem de automóveis, ex diretor
mundial de marketing do setor. Não virá a passeio, nem para encerrar carreira.
Assim, prefeitos, aviem-se, pois decisão em máximos três meses.
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Mercedes Classe A procura local para fábrica
O Touro, cinquentão, filho da
raiva
A Lamborghini comemora nesta semana 50 anos como fabricante de
automóveis de grande performance. Italiana, indústria de trocadores de calor e
fabricava pequeno trator, o Carioca. Dizem as lendas de época, que Ferrucio
Lamborghini, número 1 do negócio, bem sucedido, proprietário de Ferraris, teria
procurado Enzo idem, outro industrial, com o mesmo perfil, self made man e igualmente cabeça dura, para reclamar de alguns
pontos do carro e sugerir mudanças. Não foi bem recebido, e Ferrari ter-lhe-ia
dito que, se não gostasse, construísse um carro a seu gosto.
Lamborghini não gostou, e foi à contestação. Reuniu o de melhor em
projetistas de motores, chassis e carrocerias, sugeriu a logo como sendo um
touro espanhol Miura, capaz de acabar com cavalinhos empinando na porta de
Ferrari e Porsche.
O primeiro modelo foi o 350GT, logo substituído pelo 400.
Cresceu bastante, fez variável curiosíssima de veículo todo
terreno. Nos primeiros quarenta anos, a média de 250 unidades/ano, marcando-se
em especial pelo talhe vigoroso das linhas e as marcantes portas articuladas a
90 graus do Countach. Há anos se meteu em problemas financeiros por desídia com
a base do negócio, os tratores, dedicando-se aos automóveis e seu mundo
charmoso.
Há tempos a Volkswagen a adquiriu através da Audi, manteve a
engenharia, a criatividade, mas botou ordem no produto e na construção. É o
melhor dos mundos automobilísticos: desenho italiano, construção alemã.
Para comemorar o aniversário, evento de porte: 350 unidades da
marca, numa fila de 4,4 km, percorrem 1.200 km na Itália, de Milão a Sant’Agata
Bolognese, onde fica a fábrica, reunindo amplo leque. Do pioneiro 350GT ao
Calà, protótipo de 1995, e o Veneno, recém lançado e festivo em exclusivas três
unidades.
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O touro espanhol, símbolo da Lamborghini. Anti cavalinhos
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13 de maio, o Dia do Automóvel
Poucos
sabem, mas o 13 de maio além de marcar o fim da escravatura, também assinala o Dia do Automóvel, data séria e formal,
como define o Decreto 24.224, de 11 de maio de 1926.
Razão é
a inauguração da primeira estrada pavimentada no Brasil, ligando a Raiz da
Serra, proximidades de Xerém, Duque de Caxias, a Petrópolis, RJ. O ato,
assinado por Getúlio Vargas, ditador, pegava carona em iniciativa alheia ao
erário público. A estrada pavimentava a ligação da baixada a Petrópolis através
da serra. Petrópolis, dita a Cidade Imperial, onde o Imperador Pedro II tinha
casa de veraneio e ausências às intrigas da Corte, era então local chique,
distinguido para veraneio e fuga do calor carioca.
A
estrada, copiando as estadunidenses, não utilizava asfalto – que o país não
produzia -, mas placas de concreto – cujo cimento o país também importava, era
iniciativa do Automóvel Clube do Brasil, sociedade montada para reunir e
promover o uso dos veículos automotores, então misto de símbolo de poder com
equipamento de locomoção. Outros tempos.
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Rio-Petrópolis, construção pelos sócios do Automóvel Clube
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Roda-a-Roda
Chegou – A Ford anunciou outro motor da família turbinada EcoBoost. É
1.5 quatro cilindros, todo em alumínio, 16 válvulas com variador de abertura,
injeção direta e turbo. Produção na Ásia. Migrará para o Brasil na dependência
de projetos de exportação, ou por exigências legais de baixas emissões.
Padrão – A Polícia de Dubai incorporou outro veículo apto a
perseguições no país de elevada renda e capacidade aquisitiva: Aston Martin
One-77 – apenas este numeral produzido. Motor V12, 7.3 litro, 750 cv de
potência.
Falta - Na frota há Lamborghini Aventator, Ferrari FF – tração
quatro rodas, Bentley Continental GT, Mercedes-Benz SLS AMG. Próximo ? Imagine
Bugatti Veyron … Coisa proporcional à renda.
Canhão – A Audi inicia vender localmente o que chama de “veloz perua”, a Avant RS4. R indica disposição extra, S a tração nas 4 rodas. A combinação,
motor V8 4.2, injeção direta, 420 cv, turbo, câmbio de duas embreagens e sete
velocidades, acelera de 0 a 100 km/h em 4,7s. R$ 438,7 mil.
O que é, o que é ? – Ante falta de agenda ou de interesse da presidente Dilma ir à
pedra fundamental ou festividade no canteiro de obras da fábrica Fiat em
Goiana, Pe, Sergio Marchionne, presidente mundial veio a ela.
Para o que ? - Coisa contida, levou papel espartano, informando turbinar
investimentos no Brasil: R$ 15B entre 2013 e 2016.
O que ? – Sem declarar produtos, franciscano comunicado sequer
informou a decisão de fazer fábrica de colheitadeiras em Montes Claros,
nordeste de Minas.
Diz, inovará; desenvolverá novos produtos e tecnologias;
melhorará processos; expandirá a capacidade produtiva; construirá novas linhas
de produção.
Quem ? – Do encontro também nada surgiu em resposta a versões sobre
a aposentadoria de Cledorvino Belini, no. 1 da empresa para América Latina.
Diz-se, quer emprego mais calmo, tipo Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, onde corre uma de suas invenções, o Inovar Auto.
Substituiria o ministro Fernando Pimentel se candidato ao governo de Minas.
Mineirês - Curiosamente, seu projetado substituto, Vilmar Fistarol,
estava na reunião com Marchione e Belini. Autoridade, mas presença
tematicamente graciosa, e nada a ver com o encontro – ele comanda as compras
mundiais. Coisa de Minas, onde tudo pode acontecer, inclusive nada ...
Grande – Segmento no Brasil considerado de veículos grandes,
o do Ford Fusion retornou à liderança. Vendeu 924 unidades em abril, 61,3% da
classe. Equilíbrio entre o motor 2.0 turbo e o 2.5 flex, separados por R$ 7
mil. Consumidor pouco entende do riscado. O Turbo deveria ter enorme vantagem.
Mudança- Fiat Freemont
muda em junho. Transmissão automática com 6 velocidades. Nada muda e muda tudo.
As duas marchas adicionais melhoram substancialmente o prazer em dirigir.
Dançamos – A indefinição
do governo brasileiro quanto ao programa Inovar Auto foi razão citada pela Audi
para optar pelo México para sua fábrica latino americana, onde declarou ter
encontrado clima ideal, relata o bom sítio Autofato.com.br.
Situação – A decisão
considerou os temores dos índices atuais, inflação sem gestão, balança
comercial deficitária, mas o principal parece inconsistência em planejamento, o
excesso de palpites e a ausência de densidade em planos e projetos para o
futuro. No México a Audi quer fazer 150 mil unidades anuais.
Mercado – Curiosidades
do mercado argentino. Vendas de abril mostraram líderes Peugeot 207 e Renault
Clio, modelos antigos desbancaram outro mais antigo, o Chevrolet Classic. Única
novidade, Ford EcoSport, 4º. em vendas.
Alfa – Para cutucar
alfistas brasileiros, sem acesso à marca, informa-se, os hermanos compraram 70 Alfa Romeo entre MiTo e Giulietta no mês
passado.
Varejo – Na arrancada
de promoções buscando incumprida projeção de vendas, nova campanha de varejo, “Todas em Uma Chevrolet”, o ator Rodrigo
Faro chama atenções para os 10 novos modelos lançados em ano e meio. Criada pela
agência Salles Chemistri, da rede Publicis.
P’ra valer – Hoje maior montadora
de caminhões na América Latina, a MAN implanta Parque de Fornecedores para
facilitar processos e aumentar capacidade industrial. Meritor e Suspensys estão
em 10.000 m2 nas instalações da MAN, e Maxion, Master e Rassini irão até o fim
do ano.
Processo – A MAN comprou a VW
Caminhões, que em Resende, RJ, implantou sistema prático de montagem de
veículos, o Consórcio Modular. Por ele o fornecedor se instala na fábrica do
cliente e agrega seus componentes ao produto. Quer produzir 100 mil
unidades/ano.
Ao quadrado – Em Curitiba, Pr, a segunda concessionária
brasileira para vender produtos AMG. É dos melhores mercados nacionais para
artigos caros. AMG é o braço esportivo-performático da Mercedes-Benz,
melhoradora da disposição dos carros da marca. Mercedes AMG é o charme do
charme.
E agora ? - Dentre as irresponsabilidades
acobertadas da administração pública está o fim do autódromo do Rio de Janeiro.
Seccionado, mutilado, inutilizado, foi tomado pelo Estado para fazer alguma
arena esportiva para as Copas. Copa é palavra mágica.
Solução – A enorme área na valorizada Barra da Tijuca e
arredores, foi trocada por campo
suburbano, do Exército. Agora descobriram, é local de exercício de fogo de
guerra, contém incontável número de bombas não detonadas, classificado como de
risco máximo de explosão.
E ? - É um perigo angolano enclavado no Rio de Janeiro. Militares calculam
18 anos de riscos para limpar a área, e ninguém falou em devolver o autódromo
antigo, em terreno doado por particular para o específico fim. A propósito, o
projeto do governo carioca, sem trocadilho, é uma bomba.
Escola – Indicação entre 35 mil universitários de todo o
país, o Hyundai HB 20 foi escolhido o “Carro
Universitário do Ano”. Antes foram Peugeot 206, VW Fox, GM Agile e Fiat
Novo Palio.
Ó Dúvida – Tens Ferrari com alguns anos de uso, quilometragem mínima, e não sabe o
que fazer para não ser apagado em charme e atração pela compra de modelos mais
novos por seus amigos e turma ? Leve-a a Pebble Beach.
Clareando – Não para estar exposto no
super concurso de hiper elegância, pois aí brasileiros nunca expuseram. Mas há
quebra galho latino: Concorso Italiano,
um dos eventos do fim de semana na festiva península de Monterey, Ca, EUA.
Fácil – O Concorso, aberto a carros italianos é, dir-se-ia, meia boca, mezza bocca, e aceita-os até
2004. Você inscreve o seu automóvel, embarca-o em avião da Delta ou Korean
Airlines, pousa em Los Angeles, pega a Route One e bordeja a costa californiana,
fazendo charme com a brasileira placa de licença.
Charme - Para dar mais sustança à
aventura, inscreva-o para ser julgado. Júri profissional, regras das
associações Ferrari, o relatório custa apenas US$ 35. À volta, entre dizer que
seu Ferrari esteve em Pebble Beach – mesmo tenha sido no estacionamento – e
charutos, conhaques, e o desconhecimento da turma, você pode, descuidada e como
quem nada quer, deixar o papel sobre a mesa. A prova do charme. A fim ? www.concorso.com
Gente – Eduardo Hiroshi, 35,
jornalista, foi-se. OOOO
Profissional de qualidade, editava o suplemento Máquinas do paulistano jornal
Agora, com larga experiência em assessorias de imprensa. OOOO Invulgar capacidade analítica e
surpreendente competência para fazer graça, mesmo sendo contido, comportado e
nissei. OOOO Decidiu ir-se antes do
combinado. OOOO
O Senhor Volkswagen
Wolfgang
Sauer assumiu a presidência da Volkswagen do Brasil em 1973. Vinha da Bosch e
deveria se dedicar ao futuro da empresa. Sucedia a Fritz Schultz-Wenk,
implantador da marca; Rudolf Leiding, promovido a presidente mundial, e Werner
Schmidt, de breve passagem, eleito diretor na matriz.
Tinha
então 37 anos. Simpático, objetivo, articulado, a missão era manter liderança,
crescimento e lucros. Recebeu o lançamento do Passat, acertou as
inconsistências da primeira série, esticou a vida dos produtos com motor
refrigerado por ar, incluindo fazer o Variant II, inexistente no mundo.
Corajoso,
bancou criar nova família automobilística para o Brasil, inexistente no mundo,
a do Gol. Projeto local e líder por décadas, garantidor de bons resultados para
a montadora e sua rede. É o primeiro projeto exclusivo no país.
Fez
negócios interessantes. Entrou num ônibus, cruzou o deserto e exportou Passats
4 portas para o Iraque, pagos em petróleo à Petrobrás. Depois, quando o mercado
dos EUA se decepcionou com o Yugo, levou o Voyage aos estadunidenses. É o único
carro brasileiro para lá exportado em larga escala. Aqui não teve êxito para
fazer o jipe VW 181.
Era
interlocutor confiável, assim visto pelo governo como referência no setor.
Juntou VW e Ford na Autolatina, e conduziu a empresa até 1993.
Foi-se
recente e subitamente, em pleno gás e novos negócios, como a construção de
fábrica de semi condutores para o grupo de Eike Batista. Dias antes havia
lançado livro sobre sua história e com o título da matéria.
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Sauer, o senhor Volkswagen.
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