segunda-feira, 29 de julho de 2013

INVEJA DO URUGUAI...

Foi terminada recentemente a reforma e ampliação do Autódromo de Rivera, cidade fronteiriça a Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul., Ampliado para mais de 3 km de extensão, esta pista foi cenário de muitas batalhas no asfalto entre brasileiros e uruguaios. Curta a matéria do Correio do Povo do RS sobre o assunto enquanto ouve um tango,dessa vez uruguaio, pelo autódromo do Rio, destruído ilegalmente em nome do nada...



Velocidade na Fronteira – PitLane visita e acelera no reformado Autódromo de Rivera

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Vista de Rivera e Livramento ao lado da pista já projeta uma parceria gaúcha. Fotos Bernardo Bercht
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Matéria desta segunda no CP mostra foto do Gaúcho de Velocidade de 1971

Um tradicional “point” de compras dos gaúchos vai ganhar nova atmosfera a partir de novembro de 2013. Além dos freeshops, a cidade uruguaia de Rivera vai adicionar velocidade às atrações locais. Na fronteira com Santana do Livramento o autódromo Eduardo P. Cabrera está passando por grande reforma e ampliação. A iniciativa é da própria prefeitura da cidade, com apoio e organização de entusiastas locais pelas corridas.
A pista, construída em 1951 com 1.242 metros, passou por uma reforma em 1962 que totalizou 2.329 metros. Para a grande reinauguração de 2013, um total de 3.080 metros foi coberto com asfalto, transformando a pista acanhada em um grande e diversificado palco para o esporte a motor. O auge das “carreras” veio na década de 1970, inclusive marcando a abertura do Campeonato Gaúcho de 1971, quando principalmente os DKWs deram show. Nos anos 1980 e 1990, porém, a falta de manutenção fez as categorias abandonarem gradativamente a praça de esportes.
Rivera fica a cerca de 500 quilômetros da capital Montevidéu, mas também está a 500 quilômetros da Capital Gaúcha. A meio caminho de dois centros automobilísticos, a ideia é que se torne a “quinta arena” asfaltada para os eventos do Campeonato Gaúcho de Automobilismo, com provas como Fórmula 1.6, Marcas & Pilotos RS e Gaúcho de Endurance. O RS já tem corridas nas pistas de Tarumã (Viamão), Guaporé, Santa Cruz e Velopark (Nova Santa Rita). Para novembro, já é aguardada a presença do Campeonato Brasileiro de Grand Turismo, com supercarros como Ferrari, Lamborghini, Porsche etc.
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Portão de entrada para o "parque de diversões" da gasolina está quase pronto
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Outro flagra do Gaúcho de 71 em Rivera. Fotos do arquivo pessoal de Fernando Sbroglio
A cobertura asfáltica do autódromo já está pronta, com 14 metros de largura em quase todos os pontos. O trabalho, no momento, é de ampliação das áreas de escape, colocação de barreiras de pneus para segurança e acabamento das zebras que delimitam o traçado nas curvas. “A largura considerável do circuito vai permitir grandes duelos, com quatro carros lado a lado na reta principal”, projeta o diretor da Comissão de Autódromos no Brasil e coordenador do projeto de reformas em Rivera, Jhonny Bonilla.
Ele destaca outra atração do autódromo e principal área de ampliação, uma curva inspirada na já famosa Curva 8 do autódromo da Turquia. A tomada foi definida pelos pilotos de Fórmula 1 como mais desafiadora do calendário, junto com a Eau-Rouge de Spa-Francorchamps. “O traçado foi reproduzido de forma integral na nossa pista, com quatro tangências diferentes antes de desembocar na longa reta, em descida”, detalha Bonilla.
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Panorâmica mostra as dimensões gigantes da "Curva 8 Turca", no novo P. Cabrera
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A vista da grande reta, uma descida de tirar o fôlego e garantir disputas fortes
Claro que, além de agradar pilotos, um autódromo precisa pensar no público e, conforme uma das representantes da comissão de reforma do autódromo, Maria Eugênia Romero, a pista vai oferecer ótima visão de todos os pontos para a torcida. “A ideia é o público terá acesso como um grande parque no anel externo e poder se movimentar para acompanhar pontos diferentes da corrida”, comenta. A área interna prevê espaço para estacionamento dos veículos, além de um pátio externo em provas com lotação máxima do circuito.
Para os eventos, também será disponibilizado ocasionalmente o acesso à cobertura da torre de controle de prova, nos boxes. No alto, foi feito um terraço panorâmico que permite ver todas as curvas e, ainda, curtir a vista da área central de Rivera e Livramento, em meio à vegetação da chamada Coxilha Negra, ao lado do Parque Grã-Bretanha, tradicional área de passeios da cidade fronteiriça.
Na volta rápida dá para prender a respiração
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Flagrante mais pertinho das "tomadas cegas" do autódromo uruguaio
Feitas as apresentações, o PitLane vai para a pista. Primeiro, Maria Eugênia tomou o volante para uma volta de aquecimento apresentando as alterações, novidades e particularidades do circuito (veja o vídeo abaixo). Depois disso, porém, o piloto do blog tinha que pedir o carro emprestado para experimentar a novidade. “Vou dar uma acelerada leve para sentir a pista, ok?”
A reta principal é curta e num carro de rua, mesmo com a gente esticando a segunda não dá para chegar a velocidades avançadas. Dá para sentir, porém, que apesar da pista alargada, a curva 1 continua uma freada forte. Particularidade técnica da pista que provocam um certo susto na primeira tocada: todas as curvas tem a sua tangência cega de alguma forma, ou pelo relevo ou pelo contorno externo. Até pegar a mão será um desafio especial!
O primeiro setor da pista é composto de um verdadeiro caracol de curvas, sendo necessária precisão para colocar o carro nas linhas certas e perder o mínimo de velocidade, com duas tomadas para a esquerda, seguidas de uma curva de raio duplo em frente à torcida antes de um giro rápido a 90º para outra pequena reta. Aí chegamos na divisória para o traçado efetivamente novo com a “Curva 8 da Turquia”.
Pegamos o caminho pela direita, num contorno de média velocidade e, se fosse corrida, iríamos encher o motor para encarar o “desafio turco”. Como o autódromo está em obras nas áreas de escape, foi possível pisar um pouco mais apenas nas duas primeiras pernas da interminável curva parabólica. No total, são de cinco para seis tangências diferentes neste ponto antes de apontar na reta tirando faísca.
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Detalhe da torre de controle, com terraço panorâmico coberto
E que reta! Os carros já vem embalados da “Curva 8″ para encarar um disparo em alta velocidade lomba abaixo. Sim, a reta oposta começa em descida para dar aquela adrenalina e percorre quase 800 metros antes de retornar à “pista antiga”. Com 14 metros de largura, certamente vai gerar batalhas campais por posição de guardar na memória.
No fim do percurso, vemos o morro subir e o barranco crescer, o que avisa para frear. A área de escape foi ampliada ali, mas o paredão de terra ainda impressiona na quebrada para a esquerda.
Por fim, contornamos um “s” de baixa para desembocar na reta principal e começar tudo de novo. Outro aspecto interessante da pista é a possibilidade de diversos traçados, já que a pista mais curta foi mantida e teve o asfalto reformado. A pista nova, por sua vez, teria a possibilidade de ser percorrida no sentido invertido.

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