Coluna 4510 – 03.nov.2010
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O sumo do Salão
O Salão que comemora 50 anos da exposição se encerra domingo. Leva consigo algumas referências: óbvia, a de meio século como evento seqüenciado e da indústria brasileira – outros existiram, desde a década de ´20, mas sem seguimento anual ou bienal; o início prático da venda de veículos híbridos gaso-elétricos; o marco para a busca de solução oficial para viabilizar os veículos de menores consumo e emissões; a sedimentação dos chineses como novos partícipes do mercado nacional. Recorde de público, não se sabe, mas é curioso assinalar que, há quase 40 anos o número indicado de visitantes é sempre o mesmo, circa 600 mil, em que pese a dramática expansão demográfica da capital paulistana.
Em produtos expostos, alguns merecem referência em separado, em tentativa ordem alfabética, assim:
Aston Martin – o melhor retrato da finesse da engenharia britânica chega ao Brasil, vendendo Vantage V8, cupê e conversível, R$ 670 mil a R$ 720 mil; Rapide, 4 portas, V12, 6.0 e 470 cv, R$ 960 mil; DBS, GT V12, 6.0, 510 cv, O a 100 km/h em 4,3s, de R$ 1,25M a R$ 1,35M; DB9, V12, 6.0, 470 cv, cupê ou conversível, R$ 860 mil. Produto com os melhores componentes, relógio Jaeger Le Coutre, som Bang & Olufssen. A finura do negócio tem rótulo e carimbo: Sandra Habib, mulher do importador, usa e divulga. Ivan Fonseca e Silva, cavalheiro ex-presidente da Ford, preside e interfaceia com a sociedade. Querem vender mais que Ferrari e Lamborghini – juntos.
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Aston e a sra Habib. Finor
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Audi – Apesar da festejada novidade do super A8, carroceria em alumínio, refinamentos em mecânica e conforto – como massagem e refrigeração para as costas dos usuários, e ao distintivo preço de R$ 600 mil, novidade a ser mais vista será o A1, compacto Premium, 1.4, turbo, com a aura para liderar o segmento.
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Audi A1 – chances de liderança
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Camaro – Derivativo da GM para mostrar serviço ao mercado tentando vencer o período ruim, de apequenamento e controle estatal. Charmoso, renascer do mito dos anos 60/70, em versões teto duro e conversível. Motor V8, 6.2 litros, 406 cv. Preço incompatível pela importação GM. Por importação independente, adquirido a custo maior, R$ 140 mil. Com as facilidades da filial, poderia custar menos.
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Camaro. Preço poderia ser menor
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Fator – Mais importante para o mercado é o Fator Habib. É a parcela de importância representada pela presença do empresário Sérgio Habib como importador de marca chinesa, a JAC. Habib tem o raro dote de enxergar o futuro sem descolar o umbigo do balcão. Trouxe a Citroën para o Brasil, é seu maior revendedor; 2ª. rede Ford; vende VWs, dará conformação aos produtos e aval aos bons chineses.
Moda – O Peugeot 3008, crossover pequeno, baseado em motorização BMW 1.6, turbo, faz 156 cv de potência e quase 25 quilos de torque, transmissão seqüenciada de 6 velocidades. Dois padrões decorativos, Allure, R$ 79.900 e Griffe, R$ 86.900, transmissão seqüencial 6V. Novembro.
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Peugeot 3008, refinamento técnico e conforto
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Moda, 2 – Mesma turma, Mitsubishi ASX. Motor 2.0, comando variável, transmissão manual de 5 velocidades ou CVT. Preços de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Importado mas será produzido localmente.
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Nacionais – Ponto importante do Salão foi o anúncio de fábricas e lançamentos para a próxima edição. Japoneses – Toyota, Honda, Nissan; chineses Effa, Hiuam. O crescer do mercado nacional e a valorização do Real motivam a instalação aqui.
Plástico – Futuro próximo, carros de plástico de engenharia, promete a Sabic, exibindo protótipo do cupê esportivo A3CC Chery. Nome técnico, resina Noril GTX, Xenoy, e Stamax substituindo latas dos para lamas frontais, tampa de combustível, parachoques, protetor do carter do motor.
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Roda-a-Roda
Caminho – O mundo dos automóveis mudou e a tendência ao aumento de volume dos veículos deverá ser refreada, tomando-se por base o mercado norte-americano, topo do mundo. Lá isto já ocorre e os V8 estão dando lugar aos seis e quatro cilindros sem e com turbo alimentador.
Então – De Alan Mullaly, presidente mundial da Ford: “Todo mundo diz que não podemos ganhar dinheiro com carros pequenos. Bem, é melhor descobrir, porque é para onde o mundo do automóvel está caminhando”.
Frota – A Associação Iberoamericana de Administradores de Frota entende que o mercado, graças à expansão de renda e salários, forçará a criação de frotas empresariais, para locar veículos aos médio-executivos. Projeta seu vice-presidente, Jaume verge decuplicar o negócio. Dos 70 mil veículos atuais, para 700 mil. Poder - Dona Dilma, a senhora sabe ler e tem responsabilidades com este país. Use o cinto de segurança.
Troca – A Ford quer levar os clientes da marca aos seus distribuidores, e lançou desafio tipo Pizza Domino nos EUA: demorou, não paga. No caso, se a troca de óleo e filtros passar de 40 minutos, de graça. Preço fixo: R$ 152 em 4x. Edge, Fusion e picapes diesel estão fora. Vai viajar de férias? Aproveite.
Antigos – Organizadores do Salão do Automóvel não incluíram
veículos antigos na mostra, porém a mais refinada das lojas especializadas, a Private Collection, expõe dois carros referenciais no elegante shopping Iguatemi: Mercedes-Benz SLR 1958, conversível derivado do ícone Asa-de-Gaivota, e um Bugatti Type 57 1939.
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Ecologia – Se a ecologia é inevitável, que se ganhe com ela. Paranaense Grupo Ouro Verde importa o híbrido Toyota Prius para locação a frotas corporativas. Primeiro, o HSBC.
Gente – ...OOOO Flávio Padovan, executivo novo cargo: Presidente da Jaguar–Land Rover do Brasil. OOOOPiero Gancia, 88, industrial, automobilista, passou. OOOO Fino, culto, educado, foi aval aos pilotos brasileiros na Europa, representante Alfa Romeo no Brasil. OOOO Derrotado pelo maldito alemão. OOOO Como diz com poesia o blog do Mahar: Correrai ancor piú vite per le strade dal Cielo!
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