Saiu no Autoentusiastas por Bob Sharp:
Fotos: Fiat//StudioCerri/Pedro Brito
Um interessante exercício de estilo, é como pode ser chamado o Uno Cabrio. Apresentado no último Salão do Automóvel de São Paulo como carro de show, ganhou vida tornando-se um conceito que anda – concetto marciante em italiano. A carroceria que serviu de base é a do recém-lançado Uno duas-portas e o trabalho da engenharia experimental, capitaneado por Fabrício Cardinali, envolveu as áreas de Chassi, Motor e Transmissão, Elétrica e Interior.
Segundo Fabrício, a remoção do teto exigiu reforços em toda a estrutura que chegam a 150 kg, o carro pesando 1.153 kg mas ainda 70 kg menos que o Punto T-Jet, de quem o Cabrio tomou emprestado o trem de força completo, começando pelo motor 1,4-litro turbo 16V de 152 cv a 5.500 rpm
O carro permanece conceitual e, inclusive, não tem capota. Mas que seria uma boa opção para o mercado, não há duvida dúvida alguma.
Externamente destaca-se o frontal com um avantajado defletor dianteiro e boca mais larga, sendo visível na parte interior o grande interresfriador. Há luzes de uso diurno (DRL) por LEDs, a exemplo dos carros europeus atuais por fora de exigência da União Europeia desde o começo de 2010.
LEDs na traseira
Atrás de cada banco há arco de proteção em caso de capotagem feito de plástico reforçado com fibra de vidro e com alma metálica. As lanternas traseiras passaram para o painel traseiro em virtude de não haver mais as colunas aí e são de LEDs. Há duas saídas de escapamento falsas (criticável) e um perfil que sugere extração de ar.
O interior, definido sob responsabilidade do engenheiro Carlos Leal, é bem interessante. Bancos-concha, volante de direção com parte inferior abaulada e manômetro do ar admitido vieram do Fiat 500 Abarth. No manômetro, localizado à direita do grupo de instrumentos principais, há luz de troca de marcha.
Conta-giros central com velocímetro digital
O grande conta-giros 0-8.000 rpm domina o painel e fica bem em frente do motorista. Nele, uma janela aloja o velocímetro de leitura unicamente digital. O conta-giros é ladeado pelo medidor de combustível (gasolina) e termômetro da água. No console de túnel, manômetro de óleo e da linha de combustíveOs instrumentos de fundo preto e caracteres brancos são fáceis de ler e elegantes, com iluminação vermelha-alaranjada, preferida por mim e por quem gosta de dirigir à noite, especialmente em viagens, por manter a visão noturna mais apurada (por isso é usada nos aviões).
A alavanca de câmbio é “magra” e simples e não tem trava de engate involuntário de ré por pescoço, esta garantida pelo mecanismo interno no seletor. A manopla da alavanca é exclusiva do conceito.
Interior bem-estudado. Note a alavanca de câmbio "magra"
Segundo a Fiat, o Cabrio sofreu recalibração de molas, amortecedores, batentes e recebeu geometria de suspensão e direção específicas. O freio traseiro passou a ser a disco também, com pinça do 500, enquanto na dianteira a pinça é de Punto. O ABS foi calibrado para a versão. As rodas são de 16 polegadas com pneus Bridgestone Potenza 195/45R16V, assimétricos, uma escolha acertada.
AE dirigiu o Cabrio no kartódromo de Aldeia da Serra, próximo a São Paulo. Não é o ideal mas deu para ter ideia do comportamento por ser a pista bem larga. Agradou particularmente o chassi que aceita entrada do turbo no meio da curva, sem a esperada saída de frente ou o surgimento de reações estranhas. É fácil e divertido de dirigir. E, melhor, não a suspensão não é dura como se tem verificado ultimamente.
Comportamento perfeito em curva mesmo com o turbo enchendo. Clique na foto para ver bem o interresfriador do turbo. No banco da direita o novo assessor técnico da Fiat, meu ex-colega de revista Oficina Mecânica, Ricardo Dílser
A Fiat informa aceleração 0-100 km/h em 8,2 segundos, dois décimos de segundo mais rápido que o Punto T-Jet. A velocidade máxima é de aproximadamente 200 km/h, segundo a fabricante.
Valores de resistência torcional não foram informados, mas a fábrica assegura ser superior à do próprio Uno. Faz parte do esquema de reforço amarração das torres de suspensão dianteira e os próprios arcos de proteção em caso de capotagem. A “dança de painel” (cowl shake) típica dos conversíveis existe, porém em grau muito pequeno, que não incomoda.
Há a barra de amarração entre as torres de suspensão que corre rente à parede de fogo, boa providência.
Perguntado sobre a possibilidade de o Cabrio vir a ser produzido em série, o assessor de técnico imprensa recém-admitido, o competente jornalista e piloto Ricardo Dílser, velho amigo e ex-colega dos tempos de Oficina Mecânica, disse: “Só se for em outras instalações, porque em Betim, com sua produção de 3.300 unidades por dia, não dá”.
Seria muito bom que desse. Carros divertidos semprre são bem vindos!
Aw, thіs was аn excеptіonallу nice post.
ResponderExcluirTaking a few minutes and аctual effort tо produce a tοp notch
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